Se Senna não tivesse o melhor carro, não teria sido campeão, diz espanhol
Foi só Valtteri Bottas assinar com a Mercedes que já começaram as apostas para saber quando será a primeira vitória do finlandês, que tem nove pódios na carreira em quatro anos na Williams, mas nunca subiu ao lugar mais alto do pódio. Afinal, o time alemão tem sido dominante nas últimas temporadas e, mesmo com a mudança de regras de 2017, não é esperada uma revolução nesse sentido.
Para Carlos Sainz, piloto da mediana Toro Rosso, contudo, esse tipo de expectativa é natural. Afinal, por toda a história da Fórmula 1 o piloto precisou de um excelente carro para vencer.
“Isso sempre existiu, seja na época de Ayrton Senna, Michael Schumacher ou Fernando Alonso. Se eles não tivessem tido o melhor carro, não poderiam ter ganho o Mundial. Isso nunca mudou”, afirmou ao jornal espanhol El País.
Para o piloto, apesar disso, as disputas do passado eram mais emocionantes. “Antes mais pilotos lutavam pelo título. E, quando a Fórmula 1 tinha um campeonato mais monótono ou [companheiros de equipe] competiam apenas entre si, como Senna e Prost, o carro e a batalha entre eles eram espetaculares.”
Um dos problemas identificados por Sainz na Fórmula 1 atual é o motor turbo V6 híbrido. “Para mim isso não ajudou, os motores híbridos ainda não me convencera. O barulho dos V8 e V10 era algo que atraía muita gente”, acredita o espanhol que, por outro lado, se mostra mais otimista em relação às mudanças de regulamento desta temporada.
“Para mim, os passos que foram dados em termos de aerodinâmica e de pneus são positivos. Faltam muitas coisas a serem feitas, mas o caminho não é ruim.”
Para 2017, os carros serão mais largos, assim como os pneus, que também serão mais aderentes e duráveis. A ideia é que o visual seja mais agressivo e os tempos de volta caiam em cerca de 5s por volta. Recentemente, a Federação Internacional de Automobilismo divulgou que a expectativa é de que os carros sejam 40km/h mais rápidos nas curvas devido às mudanças. Existe a preocupação, contudo, de que o novo pacote possa dificultar ainda mais as ultrapassagens por tornar os carros mais dependentes da aerodinâmica.
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