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"Atordoado" e "nada a perder": as frases do GP da Espanha de F-1

Lewis Hamilton comemora vitória no Grande Prêmio da Espanha - Clive Mason - Formula 1/Formula 1 via Getty Images
Lewis Hamilton comemora vitória no Grande Prêmio da Espanha Imagem: Clive Mason - Formula 1/Formula 1 via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

17/08/2020 04h00

Uma vitória contundente. Foi assim o desempenho de Lewis Hamilton no GP da Espanha, ontem, no circuito da Catalunha. O triunfo na sexta etapa da temporada 2020 da Fórmula 1 deixou o piloto inglês atordoado graças à estratégia certa e ao bom funcionamento de sua Mercedes.

"No fim eu nem sabia que era a última volta, eu estava pronto para continuar"

"Eu estava atordoado. A compreensão do que aconteceu na semana passada nos permitiu obter esse resultado. A estratégia que tínhamos estava certa", empolgou-se Hamilton, líder do Mundial de F-1 com 37 pontos de vantagem sobre o holandês Max Verstappen, da Red Bull.

O RISCO VETTEL

Tetracampeão mundial de Fórmula 1 —entre 2010 e 2013—, Sebastian Vettel arriscou o que tinha nas mãos para obter uma classificação melhor. Passou as 36 últimas voltas guiando com pneus macios e ainda sofreu duas ultrapassagens no fim para terminar em sétimo lugar. "Não tínhamos nada a perder, então eu tentei uma estratégia nada ortodoxa. No fim, compensou", disse o piloto da Ferrari, que só realizou um pit-stop.

POBRE LARGADA

Valtteri Bottas disse, após o treino classificatório, que sua melhor chance na corrida era a largada. E estava certo. Antes da primeira curva, ele caiu do segundo para o quarto lugar e não conseguiu mais se recuperar. Terminou em terceiro, atrás de Hamilton e Verstappen. "O momento chave foi a largada. Estava muito apertado, e não funcionou para mim. Eu fiquei como um sanduíche. Depois disso ficou difícil para mim. Todo mundo sabe como é difícil ultrapassar nessa pista."

SEGUNDO LUGAR É O MÁXIMO

"Ficar entre as Mercedes é bom para nós". Este é o limite estabelecido por Max Verstappen no momento. Mesmo depois da vitória no GP dos 70 Anos da Fórmula 1, em Silverstone, ele não teve chance diante de uma pilotagem perfeita de Lewis Hamilton. E o holandês ainda comemorou o segundo lugar após Bottas não ter conseguido alcançá-lo com pneus macios e mais novos. "Eu esperava um pouco mais. Estava feliz com meus pneus e com o carro, mas o Bottas não atacou. Foi confortável."

RECUPERAÇÃO DA MERCEDES

Toto Wolff, chefe de equipe da Mercedes, não deixou de comemorar o resultado de uma estratégia perfeita da equipe. "O que me deixa mais feliz é que nós conseguimos nos recuperar de Silverstone e vencemos nas mesmas condições", afirmou. No fim de semana passado, na Inglaterra, os carros da Mercedes foram superados por Verstappen graças a uma tática especial do holandês da Red Bull.

CRISE NA FERRARI

Sebastian Vettel voltou a ter desentendimento com a Ferrari. Durante a prova, ele chegou a questionar a equipe sobre a possibilidade de ir até o fim com os pneus macios, mas não obteve resposta. Logo depois, ele ouviu a mesma sugestão deles. "Eu perguntei a vocês algumas vezes qual era o objetivo. Então eu observei os pneus e disse que tentaria ir até o fim", disse o alemão.

APAZIGUANDO OS ÂNIMOS

Matia Binotto, por sua vez, não viu grande problema nas declarações de Vettel e disse que é melhor quando os problemas são expostos. "Preferimos conversar abertamente. Outros não, talvez para não revelar suas intenções. Então, nós aprovamos as discussões e questionamentos."

RECORDE DE SCHUMACHER

Lewis Hamilton está a três de igualar o recorde de vitórias de Michael Schumacher. E o hexacampeão mundial voltou a prestar homenagem aos grandes pilotos da história. "Todos nós crescemos assistindo a Michael e sonhando em estar aqui. O que está acontecendo agora é bem além do que sonhei quando criança. Michael foi um atleta incrível e também um piloto. Me sinto honrado de ser mencionado na mesma linha de um piloto como ele, Ayrton Senna e Juan Manuel Fangio."

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