Flu lança 12 promessas com Luxa e tenta preservar 'geração de ouro'

O Fluminense tem vivido uma situação ambígua nos últimos meses. O Tricolor tem lançado muitos jovens de sua base sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, mas, por outro lado, teme ‘queimar’ jogadores daquela que foi chamada pelo próprio treinador de ‘geração de ouro’. Em pouco mais de dois meses, foram 12 jovens acionados pelo técnico.

“O Fluminense, a meu ver, tem uma geração de base de ouro. E tenho hoje praticamente 50% do elenco formado por jogadores da base, entre os que ficam no banco e que participam do jogo”, avaliou Vanderlei ao site oficial do Fluminense. “Eu avalio que o Fluminense tem aí jogadores para formar o time por uns três anos”, afirmou.

Além da confiança de Luxemburgo nos jovens revelados por Xerém, a grande quantidade de garotos nos jogos do Fluminense tem sido causada pelo excesso de lesões e suspensões no elenco tricolor. Somente na lateral esquerda, quatro promessas foram testadas após a lesão de Carlinhos: Ronan, Igor Julião, Ailton e Rafinha.

A preocupação com a possibilidade de ‘queimar’ os jovens ficou clara após o empate por 1 a 1 com a Ponte Preta, no último sábado, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro. Com sete garotos em atividade uma partida decisiva na luta contra o rebaixamento, o Tricolor teve mau desempenho e não rendeu o esperado por Vanderlei Luxemburgo.

“Quando está tudo indo bem, o moleque entra e vai jogar tranquilo. Quando a situação está desconfortável, ele sente, a perna treme... Mas ao mesmo tempo, com tudo o que está acontecendo no Fluminense, estamos conseguindo amadurecer alguns jogadores. Estamos antecipando etapas, mas isso pode ser bom para o futuro. Eles estão vendo como é entrar com a faca no gogó”, disse Luxemburgo após a partida.

Do grupo de 12 jogadores lançados pelo treinador, dois conquistaram indiscutivelmente sua confiança: o volante Rafinha e o atacante Biro Biro. Eles já podem ser considerados titulares da equipe do Fluminense. A dupla supre ausência de veteranos como Valencia e Fred, atualmente no departamento médico do Tricolor.

A expectativa é, portanto, que esses jogadores possam render melhor servindo como opções imediatas a esses medalhões, que hoje desfalcam o clube.  Além de apostar na base, o Fluminense vê essa estratégia como solução para a provável diminuição do investimento da Unimed, que banca grande parte dos salários mais altos do Tricolor.

“Quando você tiver um time de titulares formado com uma base mais experiente, com o Fred e o Sóbis, por exemplo, na ausência de um deles você já terá como primeira opção um desses garotos. Para o ano que vem, já teremos esses garotos como uma referência do Fluminense”, projetou Luxemburgo.

Apesar do temor de ‘queimar’ suas promessas, o Fluminense provavelmente não terá outra saída até o fim deste ano. O atacante Fred retornará de lesão apenas na segunda metade de novembro, enquanto Carlinhos está fora desta temporada. Já Valencia não tem data de retorno aos campos.