Barça e PSG colocam à prova aposta na base e investimentos milionários

Barcelona e Paris Saint-Germain se enfrentam nesta quarta-feira em busca da vaga nas semifinais da Liga dos Campeões, mas a partida no Camp Nou tem um ingrediente extra. O jogo também coloca à prova duas vertentes na administração de clubes de futebol: a aposta nas categorias de base ou investimentos pesados na contratação de medalhões para formar um supertime.

Nas últimas temporadas, o Barcelona tem sido um dos melhores exemplos de bom aproveitamento de sua cantera (base). Basta dizer que Lionel Messi foi talhado em La Masia, centro de formação dos garotos do clube espanhol. Assim como o argentino, boa parte do elenco da equipe passou por lá.

Dos 18 jogadores relacionados para o primeiro jogo contra o PSG, 13 passaram por La Masia em algum momento de suas carreiras. Jordi Alba, Fàbregas e Piqué são casos de atletas que passaram por lá, mas deixaram o Barça e atuaram por outras equipes antes de retornar ao clube catalão.

Outros casos, como os dos jovens Bartra e Tello, reforçam a identificação do Barcelona com o orgulho regional. Ambos nasceram na Catalunha, região autônoma da Espanha que tem no clube um dos seus símbolos mais fortes.

O trabalho de formação de jogadores permite ao Barcelona controlar melhor seus gastos na hora de contratar reforços. Os cinco atletas que não passaram por La Masia (Daniel Alves, Mascherano, Alex Song, Villa e Sánchez) custaram cerca de 145 milhões de euros. Somando os valores pagos por Alba, Fàbregas e Piqué, este número chega a aproximadamente 196 milhões de euros.

Do outro lado, o Paris Saint-Germain segue um modelo bem diferente para a formação de sua equipe. A chegada de investidores do Qatar em 2011 mudou os rumos do time francês, que se tornou um dos ‘novos ricos’ do futebol europeu. A contratação de reforços de peso por cifras milionárias virou uma constante.

Apenas nesta temporada, o PSG gastou cerca de 147 milhões de euros para reforçar seu elenco com nomes como Ibrahimovic, Lucas e Thiago Silva. Se somarmos os valores dos outros oito contratados e que jogaram ou ficaram no banco contra o Barça, o valor sobe para 238 milhões de euros.

Os números seriam ainda maiores se Thiago Motta estivesse em ação no Parc des Princes. O volante foi contratado por 10 milhões de euros. A conta nem leva em consideração os investimentos totais feitos recentemente pelo clube em jogadores que não fazem parte do grupo neste momento da temporada, como por exemplo o zagueiro Diego Lugano (emprestado ao Málaga e que custou 3 milhões de euros).

Dos 18 jogadores relacionados para o duelo de ida contra o Barcelona, apenas dois foram revelados nas categorias de base do PSG: o zagueiro Mamadou Sakho e o meio-campista Clément Chantôme. Outros dois chegaram sem custos ao clube: o goleiro Nicolas Douchez e o meia David Beckham.

No primeiro jogo, Paris Saint-Germain e Barcelona empataram por 2 a 2 no Parc des Princes. As duas equipes voltam a campo nesta quarta-feira no Camp Nou às 15h45 (horário de Brasília). A partida será transmitida ao vivo pela Globo, Band e ESPN Brasil, com acompanhamento do Placar UOL Esporte.