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Bordon se prepara para receber a França em sua academia durante a Copa

Luiz Paulo Montes

Do UOL, em São Paulo

27/11/2013 06h00

Marcelo Bordón teve uma carreira de 17 anos no futebol, até aposentar-se em 2011. Os 12 anos no exterior, sendo nove na Alemanha, lhe deram uma bagagem para virar empresário no Brasil. E sem deixar o esporte de lado. Aos 37 anos, o ex-zagueiro do São Paulo inaugurou recentemente uma mega-academia em Ribeirão Preto, no interior paulista, e deu sequência ao seu lado empreendedor.

E se não disputou Copa do Mundo pela seleção brasileira, Bordon poderá contribuir com o evento em 2014 no papel de empresário. Ele tem tudo acertado com a França, que se hospedará em Ribeirão, para ceder o espaço à delegação para realizarem exercícios, além de montar uma ‘mini-academia’ dentro do hotel da seleção europeia.

“Este ano recebi algumas pessoas da França aqui, e quando entraram na academia ficaram impressionados. Estou no caminho certo. Está tudo certo com eles para receber o time na Copa. Bom para mim, para Ribeirão... Por mais que seja a França, vou ficar contente de participar um pouco da Copa. Um pouco em um evento como este já é muita coisa. Vai ser bacana”, afirmou o agora empresário.

O investimento de Bordon na academia foi altíssimo. O espaço rapidamente tornou-se a principal academia da cidade, com mais de 1500 m² e diversas opções de exercícios, como musculação, cardiovascular, pilates, espaço funcional, estética, etc.

“Montei uma super-academia, com padrões europeus, toda automatizada. É um conceito difícil de ter até na Europa. Os franceses ficaram surpresos. Peguei tudo que aprendi lá durante todos esses anos e investi aqui. É uma academia toda de vidro, muito grande, com tudo de melhor. Dei uma beliscadinha, estilo empresário (risos)”, brincou.

A academia não foi o primeiro investimento do ex-zagueiro, que começou sua carreira profissional no São Paulo, em 1994, e ficou até 1999, quando transferiu-se para o Stuttgart, da Alemanha. Quando retornou ao Brasil, já aposentado, investiu em imóveis e também em uma loja de carros.

"Investi muito em imóveis aqui em Ribeirão, tenho algumas coisas. Eu tive uma cabeça muito bacana para conduzir as coisas sem fazer extravagâncias ao longo da carreira. Hoje posso viver com tranquilidade. Tem que ‘rebolar’ muito, e acabei me tornando empresário. Eu tinha uma loja de carros, mas deu muita dor de cabeça e eu não gostei muito. Então saí”, explicou.

Bordon ficou 11 anos no futebol alemão, sendo cinco no Stuttgart e mais seis no Schalke 04.  Disputou Liga dos Campeões, foi capitão nas duas equipes e se despediu do país em 2010, por uma escolha do técnico, que tirou os ‘medalhões’ do grupo, para atuar no Al Rayyan, do Qatar. Lá atuou pouco e encerrou a carreira em 2011.

Quando estava em férias, foi à Alemanha e fez uma ‘visita-surpresa’  ao ex-clube. Os torcedores o recepcionaram com muita festa, e a diretoria armou para algum tempo depois uma despedida oficial de Bordon. Mesmo durante o recesso, cerca de 62 mil pessoas encheram o estádio para homenagear o zagueiro.

“Fui até o estádio quando voltei do Qatar e foi emocionante. Quando eu apareci, gritaram meu nome em coro. Ali eu vi o respeito por mim. Os diretores, vendo aquilo, resolveram fazer a despedida. A temporada já tinha acabado, e fizeram o jogo para mim. Não teve emoção maior, eu aproveitei muito, foi demais aquilo”, falou Bordon.