'Yaya Touré cruzeirense' se surpreende com rápida ascensão e titularidade
Reforço do Cruzeiro menos badalado para a temporada, o volante Rodrigo Souza teve uma ascensão meteórica na Toca da Raposa II. Contratado para compor o grupo celeste, o próprio jogador admite que não esperava virar titular tão rapidamente, mas as boas partidas o fizeram ganhar a confiança do técnico Marcelo Oliveira e um lugar entre os 11. Além disso, o bom desempenho rendeu comparações com um dos melhores volantes do planeta.
Depois de ser chamado de Jon Jones pelos companheiros, agora o volante ganhou o apelido de “Yaya Touré” dos torcedores e até mesmo de alguns atletas. Contente com o desempenho em campo, o camisa 15 fica feliz de ser comparado a um dos maiores jogadores de meio-campo da atualidade e ganhar uma nova alcunha em referência ao seu futebol.
“Cada vez tem um apelido novo, primeiro foi o Jon Jones e agora Yayá, mas eu levo na boa, na esportiva, sem problema. Que bom que me comparam com ele, porque é um jogador de destaque”, comentou Rodrigo Souza. “Já que luta não é meu forte, vamos para o futebol mesmo”, acrescentou o novo titular celeste, em tom de brincadeira e com muitos risos.
E toda essa descontração tem motivos. Depois de ter sua primeira chance diante do América-MG, quando o Cruzeiro atuou com time reserva, o volante agradou a Marcelo Oliveira e ganhou uma nova oportunidade no empate sem gols no clássico contra o Atlético-MG. Depois da boa atuação marcando Ronaldinho Gaúcho, ele ganhou um lugar no time e disputou o primeiro jogo de Libertadores na última terça-feira.
Feliz apenas por fazer parte dos 30 relacionados para a Libertadores, quando teve seu nome confirmado na lista de inscritos pelo Cruzeiro, Rodrigo Souza ficou surpreso ao conquistar um lugar no time. “Com certeza não (esperava), até porque muitos que estavam jogando, tinham fama, Henrique, Souza, o Lucas, Tinga. De começo, não achei que começaria a jogar, mas sabia que teria de trabalhar a cada dia. A oportunidade apareceu e tentei agarrar da melhor forma possível”, comentou.
Apesar de estar no time, Rodrigo Souza tem duas grandes sombras. A primeira é do volante Nilton, que foi titular no ano passado e passou toda a pré-temporada em recuperação de uma lesão no joelho. O camisa 19 já atuou em duas partidas, mas ainda não começou jogando e está recuperando a melhor forma física. A volta do ‘titular’, porém, não preocupa Rodrigo.
“O Cruzeiro tem um grupo bom, forte, sabia que ia ser difícil para jogar. Tenho que continuar trabalhando a cada dia para continuar mostrando meu futebol. Nesses quatro jogos tive oportunidade de jogar. Se o Nilton for jogar, não tem problema, vou sempre estar à disposição quando for preciso”, ressaltou.
Outro concorrente de Rodrigo Souza para a função de primeiro volante é o recém contratado Willian Farias. No entanto, o jogador que veio do Coritiba não tem condições de atuar na primeira fase da Libertadores e, até Nilton recuperar a melhor condição, a posição parece ter dono.
O volante espera continuar apresentando o mesmo nível para ter o trabalho reconhecido e seguir sendo ‘tietado’ pelos torcedores. “Estou feliz, sempre tem alguém elogiando, dando parabéns, fico pensando na batalha que foi chegar aqui e o momento que cheguei agora”, declarou.
Para continuar se destacando no time estrelado, ele prefere fazer o simples e adotar um estilo mais defensivo em relação ao verdadeiro Yaya Touré. “Sou um jogador de muita raça e minha função é proteger ao máximo a defesa. Não espero mudar, porque vem dando certo e quero fazer o melhor a cada dia para ganhar a confiança de todos”, disse.
Apesar de já ter se aventurando no ataque em algumas ocasiões, ele prefere deixar a parte ofensiva para os companheiros. “Já joguei como segundo e terceiro volante, saindo um pouco mais, mas aqui no Cruzeiro nem precisa, porque tem o Lucas que já sai bem e do meio para frente nem precisa falar”, concluiu.
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