Arsenal marca na prorrogação, bate Hull City e vence 1º título desde 2005

Foi sofrido, na prorrogação, depois de estar perdendo por 2 a 0 no tempo normal. Com todo esse roteiro dramático, o Arsenal venceu o Hull City por 3 a 2 neste sábado, após empate por 2 a 2 no tempo normal, e encerrou um jejum de nove anos sem um título sequer. O resultado valeu a taça da Copa da Inglaterra, justamente a última competição que a equipe de Londres havia vencido antes da estiagem.

O gol que deu o título ao Arsenal foi marcado por Aaron Ramsey aos 4min do segundo tempo da prorrogação. Após passe de calcanhar de Giroud, ele bateu de primeira, no canto esquerdo do goleiro McGregor.

O Arsenal agora tem 11 taças na história da Copa da Inglaterra (1930, 1936, 1950, 1971, 1979, 1993, 1998, 2002, 2003, 2005 e 2014). O time de Londres se igualou ao Manchester United como o maior vencedor da história da competição.

O Arsenal chegou à decisão com um jejum incômodo nas costas. O último título da equipe de Arsene Wenger foi em 2005, justamente uma Copa da Inglaterra, conquistada nos pênaltis contra o Manchester United. Foram mais de 3 mil dias entre as duas campanhas vitoriosas.

A pressão era especialmente forte na temporada em que o clube ensaiou uma reviravolta. Com Ozil no comando de um ataque muito forte, o Arsenal chegou a liderar o Campeonato Inglês e parecia disposto a sonhar alto na Liga dos Campeões. Só que o time, como nos últimos anos, naufragou.

Goleadas em sequência contra os principais rivais e a instabilidade crônica da equipe atrapalharam. A Copa da Inglaterra, contra o modesto Hull City, parecia a chance de ouro para o fim do jejum. Parecia.

Logo aos 3min, os azarões cobraram um escanteio de forma ensaiada para a entrada da área. De primeira, Huddlestone bateu errado para o gol, mas o zagueiro Chester conseguiu o desvio, enganou o goleiro do Arsenal e abriu o placar.

Cinco minutos depois, foi a vez de Davies fazer, aproveitando o rebote de uma defesa de Fabianski em uma cabeçada. Era um balde de água fria na cabeça da torcida do Arsenal, que compareceu esperançosa ao estádio Wembley.

Só que era, até ali, um golpe de sorte do Hull City, que estava longe de dominar a partida. Quem mandava no jogo era o Arsenal, que buscava o empate a todo custo. Aos 16min, Cazorla foi premiado com o gol ao bater uma falta no canto esquerdo da meta do Hull City.

Em 133 edições, a FA Cup desta temporada foi a primeira com três gols nos primeiros 16 minutos. E a reação rápida só fortaleceu o ritmo do Arsenal.

O placar mais equilibrado encheu o jogo de tensão. O Arsenal pressionava, o Hull City tentava se defender a todo custo, e esse panorama persistiu até o segundo tempo. Aos 26min da etapa final, Koscielny, dividindo uma bola pelo alto com o goleiro, tocou para o gol e empatou o jogo, que foi para a prorrogação.

No tempo extra, o Arsenal mostrou estar mais inteiro fisicamente e ampliou o domínio territorial que já havia sido estabelecido no jogo. Giroud acertou uma cabeçada no travessão aos 3min. Ramsey finalizou com perigo duas vezes: aos 4min, por cima do gol, e aos 8min, no lado externo da rede.

O Arsenal era melhor, mas o gol não saía. Isso diminuiu o ritmo do jogo a partir da metade final da prorrogação. A situação só mudou quando Ramsey virou o placar. Isso fez o Hull City, pela primeira vez, assumir uma postura totalmente ofensiva no duelo.

O desespero do Hull City, que nunca havia disputado a decisão da Copa da Inglaterra, quase deu certo aos 11min do segundo tempo da prorrogação. Aluko recebeu passe na esquerda, driblou o goleiro Fabianski e bateu cruzado de fora da área. A bola cruzou toda a pequena área do Arsenal, mas não entrou. A torcida da equipe da capital podia finalmente respirar aliviada.