James encara 'zica' da camisa 10 do Real: brigas e saídas pelos fundos

James Rodríguez foi um dos reforços mais badalados do Real Madrid e chegou para tirar a camisa 10 do armário, encostada desde o ano passado. Agora, ele carrega nas costas não só o tradicional número, mas também o peso que ele traz a seus donos. Desde quando o Real adotou a numeração fixa em 1994/1995, a maioria dos camisas 10, com ou sem títulos, deixou a equipe com algum problema: briga com diretoria, afastado por técnico ou usado como moeda de troca.

Sete jogadores ganharam a 10 antes de James nesse período: Michael Laudrup, Seedorf, Figo, Robinho, Sneijder, Lassana Diarra e Özil. O brasileiro é um grande exemplo da diferença de status entre chegada e saída. Contratado como estrela em 2005, desentendeu-se com a diretoria ao saber que havia sido oferecido em troca por Cristiano Ronaldo. O negócio não deu certo, mas o hoje atacante santista ficou incomodado e pediu para sair. Foi embora brigado.

Seedorf sentiu a mesma coisa. Mesmo após conquistar títulos pelo Real, foi oferecido à Juventus em 1999, já que o Real queria Zidane. O acordo não saiu, e o holandês acabou perdendo espaço até ser vendido à Inter de Milão. O destino de Laudrup, por sua vez, teve menos glamour, e ele seguiu para o futebol japonês.

Sneijder herdou a camisa 10 quando Robinho foi embora. Meses depois, diante das críticas ao meia, o Real o vendeu à Inter de Milão para fazer caixa. O famoso número, então, seguiu para Lassana Diarra, um dono “tampão”: ele perdeu a camisa assim que o Real fechou com Özil.

Diarra não demorou a perder espaço no time e se transferir para o Anzhi. Özil ia bem e parecia ser um dono à altura da camisa, até quando caiu de rendimento, não se entendeu com a diretoria sobre salários e entrou na mira da torcida. Resultado: saiu pela porta dos fundos. Exceção da regra, Figo ganhou títulos durante a fase dos galácticos. Ainda assim, foi embora ao fim do contrato, de graça, para a Inter de Milão. Mais um ciclo estava encerrado.