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Neymar se destaca do resto do trio e vira "o cara" do Barça na Copa do Rei

João Henrique Marques

Do UOL, em Barcelona

05/03/2015 06h00

Neymar é "o cara" do Barcelona, ao menos na Copa do Rei. Como artilheiro do time e com boas atuações, o camisa 11 liderou a classificação do Barcelona à final da competição. Na noite da última quarta-feira, por exemplo, ele fez dois gols na vitória por 3 a 1 contra o Villarreal, pela partida de volta da semifinal.

Mas não foi só uma exibição que fez dele o melhor dos catalães no torneio. Neymar tem seis gols na competição e está a um do artilheiro Iago Aspas, do Sevilla, time eliminado nas quartas de final.  No Barcelona, Messi e Iniesta estão no segundo posto da artilharia, com três gols cada - Suárez tem dois.

O protagonismo de Neymar na Copa do Rei já era evidenciado pela imprensa catalã antes mesmo do jogo de volta contra o Villarreal. Os dois principais jornais esportivos da Catalunha, Mundo Deportivo e Sport, apresentavam a partida com a manchete: “Copa do Ney”, em alusão ao sucesso do jogador na atual competição.

O atacante brasileiro foi decisivo para o Barcelona na Copa do Rei mesmo disputando poucas partidas. No total, foram apenas cinco jogos – um nas oitavas diante do Elche, dois na quartas de final contra o Atlético de Madrid e os dois da semifinal -, a mesma quantidade de Suárez e Messi.

Neymar estreou na Copa do Rei no jogo de ida das oitavas diante do Elche e marcou duas vezes na goleada por 5 a 0 no Camp Nou. Nas quartas de final, ele foi o protagonista do duelo da volta diante do Atlético de Madrid no Vicente Calderón com outros dois gols na vitória por 3 a 2. Na noite de quarta-feira, repetiu a dose contra o Villarreal.

Curiosamente, a Copa do Rei era uma competição de más lembranças para Neymar no Barcelona. Na temporada anterior, logo na estreia, contra o Getafe, o jogador sofreu a primeira lesão séria na carreira com uma torção no tornozelo direito que o deixou em recuperação por quase dois meses. O brasileiro ainda participou da derrota de 2 a 1 para o Real Madrid na final, em jogo que chutou na trave a última chance de igualar o marcador.

A derrota suscitou inúmeras comparações com Bale, comprado na mesma época que ele, que fez o gol do título dos merengues na ocasião. O clássico ficou ainda mais duro porque o brasileiro sofreu uma nova lesão no pé esquerdo, que o tirou dos gramados por quatro semanas.