Jovem promessa pede, e Vasco acaba com apelido de Pet
Quem não gostaria de ter seu futebol comparado ao de Petkovic? Desde os 11 anos, tal alcunha acompanha a carreira de Mateus da Silva Vital Assumpção, o Mateus Pet. Mesmo sem ter escolha, o jovem carregou o apelido até o início de 2015, quando tomou a decisão de excluí-lo para virar apenas Mateus Vital.
Hoje com 17 anos e tido como uma das promessas da equipe sub-20, o meia não possui qualquer tipo de rancor ou aversão ao sérvio. Sua escolha tem como objetivo evitar comparações com o ex-jogador, que é ídolo do Flamengo e se tornou carrasco do Cruzmaltino em 2001, quando fez o famoso gol de falta no fim do jogo que deu o título carioca ao Rubro-Negro.
Mateus ganhou o apelido em 2004 quando ainda era criança e atuava no futsal do Vasco. Na época, Pet defendia o clube de São Januário e um diretor, empolgado, viu no menino características de jogo parecidas com a do habilidoso ex-meia.
O pedido de mudança foi feito pelo jogador antes da Copa São Paulo de juniores deste ano e, desde então, no site e nos documentos oficiais do Cruzmaltino, o sobrenome “Vital” ganha destaque.
Mesmo com idade de juvenil, o jovem já é utilizado com frequência na equipe de juniores e, em alguns momentos do Campeonato Carioca da categoria, foi escalado como titular.
O caso de Mateus Vital não é primeiro de jogadores que tiveram seus apelidos retirados por vontade própria ou por opção do clube. O meia Lucas, ex-São Paulo e hoje no PSG (FRA), era chamado de Marcelinho nas divisões de base por ter atuado numa escolinha de Marcelinho Carioca. Dentinho, ex-Corinthians e atualmente no Shakhtar Donetsk (UCR), chegou a ser chamado por um tempo de Bruno Bonfim.
Houve também clubes que, por um período, proibiram apelidos. Casos do São Paulo e do Flamengo. Em 2006, o elenco de juniores do Tricolor paulista contava com jogadores como Madruga, Cabecinha, Thiago Biriça e Azulão, que foram rebatizados para Leonardo Vieira, Leonardo Ribeiro, Thiago e Thiago Lima.
Já o Rubro-Negro teve tentativas frustradas de tentar mudar os apelidos de Negueba e Muralha para Guilherme e Luiz Philipe, respectivamente.
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