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Chile muda para jogar com baixinhos e garante que melhorou desde a Copa

Jorge Sampaoli quer mais controle e menos ataque no Chile - Kirsty Wigglesworth/AP Photo
Jorge Sampaoli quer mais controle e menos ataque no Chile Imagem: Kirsty Wigglesworth/AP Photo

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em Santiago (Chile)

11/06/2015 11h00

A Copa América começa nesta quinta-feira (11), em Santiago, no Chile, com a partida de abertura entre a seleção anfitriã e o Equador, às 20h30, no Estádio Nacional, pelo Grupo A. E o Chile do técnico Jorge Sampaoli reaparece com um time de baixa estatura, com uma defesa especialmente composta de jogadores baixos, mas garante: mudou desde a Copa do Mundo de 2014 para vencer as próprias deficiências e jogar um futebol melhor.

Se antes o que regia a seleção chilena era a intensidade, agora é o controle. Não por coincidência, Sampaoli estreia hoje na competição com a mesma equipe que levou a campo há um ano, no Brasil, na estreia da Copa do Mundo contra a Austrália. Na defesa, uma linha de quatro defensores que não ganharão bolas pelo alto, mas prometem antecipar todas as jogadas: Mauricio Isla (1,76m), Gary Medel (1,71m), Gonzalo Jara (1,78m) e Eugenio Mena (1,75).

"Tivemos a possibilidade de trabalhar bola parada e jogadas de bola aérea. Vamos tentar jogar por baixo. Quando formos defender, temos treinado muito para ser uma equipe antecipadora", falou o treinador.

Sampaoli explica, em termos técnicos do futebol, que mudou a forma da seleção chilena jogar desde a Copa de 2014 porque uma equipe tão baixa precisa passar mais tempo com a bola e conceder menos chances com a bola - nas quartas de final, sofreu gol do Brasil marcado pelo zagueiro David Luiz, de cabeça, após cobrança de escanteio de Neymar.

"Vai ser um pouco diferente. Depois da Copa do Mundo entendemos que além da verticalidade, de ataque, há formas distintas de encarar cada jogo. Vai haver uma mistura entre posição e verticalidade, dependendo do objetivo que o time precisa em cada situação. Escolheremos a melhor das opções", disse o treinador.

Assim como não tem nenhum jogador alto na defesa, o Chile também não pretende fazer gols de cabeça. Sampaoli abriu mão de contar com a referência Mauricio Pinilla e jogará sem nenhum jogador dentro da área ofensiva: Alexis Sánchez (1,71m) e Eduardo Vargas (1,75) são os mais avançados.

No meio, o jogador mais alto de linha do time é também a estrela: o volante Arturo Vidal (1,80m), finalista derrotado da Liga dos Campeões pela Juventus (ITA). Ele forma um trio com Marcelo Díaz (1,67m) e Charles Aránguiz (1,71m), do Internacional. À frente, Jorge Valdivia (1,73) completa o meio de campo.

A promessa do Chile, que encara a Copa América de 2015 como a melhor oportunidade da história de colocar fim ao eterno jejum de títulos - nunca ganhou nada -, é de um futebol bonito. "Temos que saber que o protagonismo às vezes se dá controlando o jogo", disse o até hoje sempre atacante Sampaoli. O controle começa, ou não, nesta quinta-feira.