Copa América vira palco de protestos, e técnico do Chile se incomoda
Manifestações populares que já aconteciam no Chile aproveitam agora a Copa América para levar mensagens ao conhecimento público. A competição começa nesta quinta-feira, com jogo às 20h30 entre a seleção anfitriã e o Equador, na capital Santiago, mas os protestos - especialmente de professores - iniciaram antes. E o técnico argentino Jorge Sampaoli, do Chile, critica.
Na terça-feira um grupo de professores protestou em frente ao complexo Juan Pinto Durán, centro de treinamento da seleção chilena, em Santiago, e foram ouvidos de dentro do campo, por jogadores e membros da comissão técnica. As manifestações de professores acontecem desde abril, quando o governo anunciou o projeto de lei de Nova Política Nacional Docente, depois de longas negociações com professores. Os protestos envolvem também estudantes, que se juntaram à causa pedindo melhorias no sistema de ensino do país, e têm tomado toda Santiago, por vezes com conflitos entre manifestantes e polícia.
O plano, anunciado em 20 de abril, não agradou. Ele prevê, segundo anunciado pelo governo da presidente Michelle Bachelet, o aumento do salário mínimo dos educadores de 636 mil pesos (R$ 3,1 mil) - menos de três salários mínimos no Chile - para 950 mil pesos (R$ 4,6 mil). O Colégio dos Professores, no entanto, afirma que o valor não consta no documento analisado.
O técnico da seleção chilena, Jorge Sampaoli, afirma que as manifestações são "coerentes e necessárias", mas diz que os protestos não podem atrapalhar os atletas em período de descanso.
"Você sempre quer a tranquilidade, ainda mais no dia do jogo. O jogador precisa de descanso. O que queremos é que os manifestações, que são coerentes e necessárias, são reclamações que fazemos juntos... mas isso afeta no descanso dos jogadores, no treinamento. Tentamos falar para que no tempo de descanso isso não aconteça. Não é censurar. É evitar que o esportista não possa descansar no tempo em que não está nos treinamentos", falou o treinador, ao ser questionado na quarta-feira sobre a possibilidade de novos protestos perto do centro de treinamento nesta quinta-feira, dia do jogo, à noite, contra o Equador.
Além do protesto dos professores, que deve permanecer durante toda a Copa América, trabalhadores da empresa de telefonia Entel também manifestaram nos arredores do centro de treinamento da seleção chilena nos últimos dias, pedindo melhores condições de trabalho.
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