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Oswaldo hasteia bandeira branca para driblar 'calo' de Cristóvão no Fla

Oswaldo de Oliveira  posa após a apresentação como técnico do Flamengo - Gilvan de Souza/ Flamengo
Oswaldo de Oliveira posa após a apresentação como técnico do Flamengo Imagem: Gilvan de Souza/ Flamengo

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

21/08/2015 06h10

Oswaldo de Oliveira chegou ao Flamengo com a serenidade característica. O técnico não subiu o tom de voz um segundo sequer na entrevista coletiva de apresentação e mostrou saber bem o desafio que o espera. Um deles está em conquistar a torcida logo no início da caminhada.

Por isso, Oswaldo tratou de hastear a bandeira branca e evitar trajetória parecida com a do antecessor. O trabalho de Cristóvão Borges jamais teve química com a arquibancada. A relação fria, as vaias e os xingamentos deram o tom da passagem pela Gávea.

O ponto crítico veio na derrota por 1 a 0 para o Vasco na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Cristóvão foi ofendido e ficou claro que a continuidade do projeto estava em xeque. O técnico convivia com a sombra de Oswaldo há quase dois meses, porém, o presidente Eduardo Bandeira de Mello o segurava como podia.

Quase três meses depois de profetizar a volta, Oswaldo de Oliveira é apresentado

Cristóvão não deixou o cargo antes por alguns motivos. O técnico tinha boa relação com jogadores e diretoria. Além disso, a administração rubro-negra queria evitar de todas as formas a troca, já que o pensamento era de que a atitude seria ruim para a imagem do clube no mercado.

A pressão veio de todos os lados e Bandeira de Mello entregou os pontos. Em ano de eleição, o presidente reconhece que bons resultados no futebol podem ajudá-lo a garantir mais três anos de mandato. As certezas ficaram de lado e a filosofia mudou.

Para não fazer parte da ingrata estatística, Oswaldo de Oliveira sabe que precisa ganhar a torcida. Uma vantagem ele já tem: retorna ao clube após o pedido de demissão em massa para o antecessor por parte dos rubro-negros.

“O torcedor sabe bem o que faz. Ele quer a vitória e precisamos dar isso a ele. Os resultados comandam o futebol. O entorno é muito forte e pesado. Temos de saber conviver com isso. É ter tranquilidade e raciocinar independente da atmosfera de fora. Precisamos passar que faremos o melhor. O que vem de fora interfere diretamente no ânimo do jogador. Acho que a torcida será fundamental nessa arrancada”, comentou o novo comandante.