Patrocinadores não têm obrigação de contratar reforços, diz Paulo Nobre
Em entrevista publicada neste sábado pelo jornal O Estado de S. Paulo, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, evitou polemizar a respeito da relação do clube com Crefisa e FAM, principais patrocinadoras do clube. O dirigente adotou um discurso conciliador, e tirou das parceiras a obrigação pela contratação de reforços para 2016.
Ao longo de 2015, incidentes entre os dois lados promoveram um desgaste da relação – no principal deles, em novembro, a Crefisa se irritou com os planos da adidas de lançar uma camisa comemorativa com a marca da Parmalat, patrocinadora máster do clube na década de 90, e ameaçou até rescindir o contrato.
No entanto, segundo Paulo Nobre, a questão está sob controle. “A relação patrocinador-patrocinado cabe só às duas partes. Estou muito satisfeito e agradecido a todos os patrocinadores. Sem eles, dificilmente a gente teria chegado onde chegamos”, afirmou o presidente palmeirense.
A Crefisa e a FAM tiveram participação decisiva na contratação do paraguaio Lucas Barrios e não descartam a contratação de novos reforços para o time de Marcelo Oliveira. No entanto, Paulo Nobre adota um discurso mais cauteloso e pede calma.
“Eles pagam pontualmente um patrocínio maravilhoso. Não é porque eles têm muito dinheiro que têm a obrigação de investir no clube. Daqui a pouco, é capaz de torcedor cobrar eles por isso”, disse Nobre, que quer priorizar os reforços contratados pelo próprio clube. “Enquanto o Palmeiras conseguir caminhar com as próprias pernas, não é justo pedir ajuda para o patrocinador”, completou.
O dirigente ainda se mostrou confiante com a situação financeira do Palmeiras, e assegurou que o clube “equacionou todas suas dívidas de curto prazo”. Embora não esteja “nadando em dinheiro”, o time conseguiu, nas palavra de Nobre, “andar com as próprias pernas”.
Relação com a TV
Na entrevista, Paulo Nobre ainda evitou entrar em polêmicas também a respeito da relação do Palmeiras com a Rede Globo. No entanto, o dirigente admitiu que espera uma divisão mais justa de cotas de TV, além de pedir a exibição de mais partidas de sua equipe em 2016.
“Temos uma discussão de mudar o critério de classificação (de cotas), sendo que uma parte do pagamento é pelo tamanho da torcida e número de venda do pay-per-view; outra é pela classificação no Brasileiro; e uma terceira é um valor igualitário. Os clubes maiores têm que abrir mão e pensar que, se matar os pequenos, a gente mata o celeiro do futebol brasileiro”, disse Nobre, que foi além.
“Conversas existem constantemente, e a gente pede para passar mais jogos na TV, mas para isso acontecer, o Palmeiras precisa ter mais interesse do grande público. A maior audiência de futebol em 2015 foi a final Palmeiras x Santos, na Copa do Brasil. Isso pode ser reflexo para o ano que vem. Vamos esperar”, completou.
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