Futuro técnico do Palmeiras já chutou cadeira em vestiário e rachou 'bicho'
Um homem complexo. Assim é descrito Eduardo Baptista, futuro técnico do Palmeiras. Apenas separado pela assinatura para ser anunciado oficialmente no atual campeão brasileiro, o treinador pode apresentar dois perfis diferentes em um mesmo dia; tudo dependerá do resultado do trabalho ao final do dia.
Eduardo Baptista, 46 anos, é descrito por antigos companheiros como um homem de personalidade forte, capaz de ser compreensivo em um instante, mas explosivo em outro de maior irritação. O jeito de vibrar lembra o do pai, Nelsinho, vitorioso treinador durante a década de 1990 e que hoje está no Japão.
Dedicado fora das quatro linhas ao catolicismo e à família – ‘não gosta nada de farra’, disse um ex-companheiro de Eduardo Baptista ao UOL Esporte -, Eduardo Baptista entra na categoria do ‘workaholic’; o técnico dedica-se muito ao trabalho teórico, tático e aos detalhes de uma equipe de futebol.
Até mesmo quando se encontra dentro do avião, em meio às inúmeras viagens da temporada, Eduardo aproveita para estudar. Vídeos de futebol, especialmente do adversário seguinte na tabela, são acompanhados minuciosamente; desta análise diante de milhas do nível do mar, o treinador encontra detalhes e soluções.
Todo o perfil estudioso faz Eduardo Baptista irritar-se com o que sai do roteiro. No futebol, muitas vezes, o planejado nem sequer entra em campo, e o treinador explode neste tipo de situação.
No Sport, sobrou para uma cadeira. Irritado com o resultado no intervalo, Eduardo acertou um forte chute e destruiu o objeto em três partes. O lado forte de cobrança pode assustar alguns; no entanto, as pessoas ouvidas pela reportagem garantem: ‘é apenas para dar uma sacudida’.
O profissionalismo e a postura de Eduardo Baptista deixam saudades por onde passou. A carreira como atleta não decolou, e o agora treinador usou os livros para se inserir no ambiente do futebol de alto nível.
“Tentei jogar; fui das categorias de base da Ponte Preta e do Juventus, mas vi que esse não era o caminho. Meu pai me orientou para estudar, aí fui para a Educação Física. Com o apoio do meu pai, fiz pós-graduação, mestrado e tudo da área do treinamento esportivo”, contou, em entrevista concedida ao UOL no mês de julho de 2015.
Solidário e ‘humano’
Eduardo é um cara ‘muito humano. De excelente convívio com funcionários dos clubes pelos quais passou, o futuro comandante do Palmeiras toma atitudes surpreendentes.
Ao mesmo tempo em que pode explodir nos vestiários e cobrar em um tom acima da medida, Eduardo Baptista divide os seus ‘bichos’ de jogos com funcionários.
Há relatos de que o treinador tomou esta atitude em mais de uma oportunidade durante a carreira, iniciada como preparador físico do Campinas no ano de 1998.
Como treinador de equipes profissionais, Eduardo Baptista trabalhou no Sport (2014 a 2015), Fluminense (2015-2016) e Ponte Preta, clube no qual se despediu recentemente após boa campanha no Campeonato Brasileiro.
Agora, o filho de Nelsinho Baptista encontra-se a apenas uma assinatura de assumir a responsabilidade de assumir o Palmeiras, atual campeão nacional de futebol.
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