Alojamento incendiado no CT do Flamengo seria desativado nos próximos dias
O alojamento incendiado na manhã desta sexta-feira (8), no CT do Flamengo, seria desativado nos próximos dias. Os jogadores da base do clube rubro-negro, que usavam as instalações, passariam a utilizar um módulo inaugurado em 2016.
Após a tragédia, a prefeitura do Rio de Janeiro emitiu nota informando que "a área de alojamento atingida pelo incêndio não consta do último projeto aprovado pela área de licenciamento, em 05/04/18, como edificada". Tal área estaria descrita como estacionamento.
A licença do projeto tem validade até março de 2019, "A prefeitura vai determinar a abertura de um processo de investigação para apurar as responsabilidades", informou nota da prefeitura.
A mudança para o novo prédio no Ninho do Urubu, inclusive, já estava em curso. Na sequência, o local da tragédia que matou dez pessoas e deixou outras três feridas seria transformado em um estacionamento para o elenco profissional - projeto aprovado pela prefeitura em abril de 2018 não consta um alojamento no local.
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O projeto do CT chegou a ser divulgado pelo Flamengo nos últimos meses. Ele era uma parte da transformação que ocorre desde 2010 no espaço localizado em Vargem Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Em novembro passado, o clube inaugurou um módulo do CT destinado aos jogadores profissionais. Antes, o elenco profissional utilizava um outro lote, que foi lançado pelo Flamengo em dezembro de 2016.
A mudança dos atletas do time principal para o novo prédio era parte do processo de reorganização do CT. Com o módulo desocupado, os atletas da base do clube passariam a ficar nas dependências.
"Nosso novo centro de treinamento tem o que existe de mais moderno. Vai possibilitar que o nosso atual centro de treinamento, o módulo que foi inaugurado em 2016, seja totalmente dedicado às nossas divisões de base", disse o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello em novembro passado.
Contatado pela reportagem, o ex-vice-presidente de patrimônio do Flamengo, Alexandre Wrobel, afirmou que não sabia detalhes do licenciamento e nem do ocorrido, e por isso não iria se manifestar.
No fim da manhã desta sexta-feira, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e Secretário de Defesa Civil, Roberto Robadey, declarou que o alojamento em que estavam as vítimas da tragédia não tinha documentação.
"Não é exclusividade desse local. Mas as pessoas às vezes aprovam uma planta, aí quando vai ver resolve fazer puxadinho. Aumentar. A gente lamenta que as pessoas não possam fazer um planejamento adequado. É um ato final. Existe todo um procedimento. O fato de não ter a documentação implica até que não havia segurança. Muitas vezes até existe os dispositivos de segurança, mas ainda não teve uma regularização adotamos várias medidas para simplificar esse processo para agilizar", declarou Robadey em entrevista à rádio BandNews.
O incêndio nesta sexta-feira teve início por volta das 5h27. Segundo as autoridades, a suspeita é que o fogo tenha começado no sistema de ar-condicionado do alojamento.
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