Topo

Maracanã vai da tensão à explosão de alegria com título do Flamengo

Do UOL, no Rio de Janeiro

23/11/2019 20h15

Palco das grandes alegrias do Flamengo na temporada, o Maracanã viveu um momento de total êxtase hoje (23) com o título da Libertadores em vitória sobre o River Plate. Foram três minutos que separaram a tensão e os cantos tímidos da explosão de alegria dos presentes à Fun Fest que aconteceu no estádio, em ação conjunta entre o Rubro-Negro e a Conmebol.

Mesmo com a bola rolando só em Lima, no Peru, o sábado teve uma típica "tarde de futebol". Nos arredores do Maracanã, movimentação intensa, vendas de camisas, faixas de campeão e ofertas por ingressos.

Com o jogo em andamento, cantos e animação até o gol do River Plate, da Argentina. Logo após a rede balançar, alguns rubro-negros tentaram puxar músicas para empolgar o time, em vão, uma vez que, apesar de estarem na arquibancada do Maracanã, o jogo rolava a alguns muitos quilômetros dali.

O jogo caminhava para o final e, com o placar desfavorável, uma cena passou a se repetir: o pedido pela virada. Não pedidos em gritos, em muitas vozes, mas em silêncio, curtindo a própria multidão. Alguns ajoelhados, outros com a mãos juntas em frente ao rosto, mais alguns olhando para os céus e até mesmo aqueles que escolheram não ver.

Em três minutos, porém, a atmosfera do Maracanã mudou completamente. Gabigol empatou e o estádio explodiu. A comemoração ainda acontecia quando o mesmo Gabigol fez o da virada. E "veio tudo abaixo". Gritos, socos no ar, abraços apertados, batidas no peito e lágrimas.

A chuva caia lá fora e algumas partes do Maracanã estava com poças, que serviram para o nado de alegria de alguns rubro-negros, incrédulos com que tinham acabado de assistir.

"Eu sou campeão da Libertadores! Eu sou campeão da Libertadores!", saiu gritando um rubro-negro, que celebrava com quem quer que passasse na frente, até mesmo com um segurança do estádio.

"Pai, ganhamos, pai! Campeão, pai!", repetia uma mulher, que estava aos prantos no celular.

O jogo terminou e ninguém arredou o pé até ver o time levantar a taça. Era quase que necessária a confirmação da conquista da América. Foram 38 anos de espera e aconteceu quase que com um roteiro de filme.