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Título do Fla repercute até entre protestos e ganha manchetes pela América

Do UOL, em São Paulo

23/11/2019 23h55

O Flamengo conquistou a América do Sul ao vencer o River Plate hoje (23), em Lima, no Peru. E isso está registrado jornalisticamente em alguns dos principais portais de notícias do continente. Além dos naturais destaques de veículos brasileiros e argentinos, houve cobertura da final da Libertadores em diferentes países. Até a imprensa chilena direcionou holofotes ao título rubro-negro, mesmo em meio aos mais numerosos protestos sociopolíticos que agitam não só o Chile como muitas outras nações.

Peru

Palco da primeira final em jogo único em 60 anos de história da Libertadores, o Peru deu bastante atenção à conquista do Flamengo em seus principais portais de notícias esportivas. As sete notícias de maior destaque na noite de hoje (23) no site do jornal Líbero, por exemplo, são sobre a final entre brasileiros e argentinos.

Em comum entre os principais portais peruanos foi o natural destaque dado a Gabigol, autor dos dois gols da virada rubro-negra. O jornal Depor, que usou a manchete "FLAmante campeão" para se referir ao título, destacou que o camisa 9 do Flamengo foi de "fracassado" na Europa (por Inter de Milão e Benfica) a campeão da Libertadores.

Chile

País que sediaria a final entre Flamengo e River Plate, o Chile dividiu em seus principais jornais os holofotes entre o título rubro-negro e a crise sociopolítica que abate o país há meses e justamente forçou a Conmebol a transferir a decisão da Libertadores ao Peru. Em meio a inúmeras notícias sobre protestos e decorrentes episódios de violência urbana, os sites chilenos "encaixaram" a conquista flamenguista entre as mais importantes notícias locais.

Sobre a final da Libertadores, o jornal La Terceira destacou que o clube carioca tem um "elenco europeu" e descreveu a conquista da seguinte forma: "O Flamengo não tinha por onde, mas encontrou uma luz no fim do túnel e conquistou em três minutos a Copa Libertadores sobre o River Plate, que já abria espaço em suas prateleiras para seu terceiro troféu continental em cinco anos."

Autor dos gols da virada flamenguista no apagar das luzes, Gabigol foi destacado pelo portal La Cuarta como "maior do que a maldição", em referência ao fato de ter tocado no troféu da Libertadores quando entrava em campo ainda antes do início da final. Reza a lenda que se um jogador tocar na taça antes do apito final, seu time será vice-campeão.

Colômbia

O jornal colômbiano El Deportivo, um dos principais veículos esportivos do país, noticiou em seu site que "o Flamengo surpreendeu o River Plate". O entendimento é de que os argentinos, em sua era mais vitoriosa sob comando de Gallardo, chegaram muito perto do terceiro título de Libertadores em cinco anos — até os gols da virada rubro-negra.

Cabe lembrar que a Colômbia, com o Atlético Nacional de 2016, foi o único país a quebrar a hegemonia de Brasil (5) e Argentina (4) em títulos da Libertadores na década.

Uruguai

Nacionalidade com mais títulos de Libertadores (8) depois de argentinos (25) e brasileiros (19), os uruguaios fizeram a principal cobertura do título flamenguista por meio do tradicional jornal Ovación. O site do periódico destacou a superioridade do River Plate no primeiro tempo: "equilibrado, com era de se esperar, mas com River Plate pressionando e incomodando muito o Flamengo", escreveu.

Para descrever a virada rubro-negra, por sua vez, o jornal pontuou que "bastaram 15 minutos para o Flamengo conquistar a Libertadores. Everton Ribeiro carregou a equipe nas costas, De Arrascaeta encontrou espaços, Diego entrou dando velocidade ao ataque e Gabriel Barbosa surgiu no ataque", enaltecendo portanto o ataque flamenguista.

Paraguai

Um dos principais jornais do Paraguai, país que sedia a Conmebol, o Última Hora entendeu que os gols do Flamengo "viraram um jogo no qual o River havia dominado à vontade e terminou perdendo tanto pela impecável aparição de Gabigol como pelos erros defensivos que acabaram com a comemoração antecipada do bicampeonato seguido e quinto título da sua história [na Libertadores]".