Mauro Cezar: "Fez 15 meses da morte dos meninos e não teve conversa"

Em fevereiro de 2019, dez jogadores da base do Flamengo morreram em um incêndio no Ninho do Urubu, em caso que ainda está sob investigação. Mas 15 meses depois da tragédia, familiares dos garotos mortos ainda aguardam acordos de indenizações por parte do clube. Para agravar, o Rubro-Negro naço entrou mais em contato com os parentes das vítimas após o início da pandemia do novo coronavírus.

No podcast Posse de Bola #32, o jornalista Mauro Cezar Pereira aborda o assunto e afirma que a mesma diretoria flamenguista que merece elogios por conduzir a gestão do futebol na formação de um time vencedor, também precisa ser criticada quando deixa de assistir às famílias das vítimas.

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"Tem que ser muito bem separado e tem torcedor do Flamengo que não consegue separar. Eles são super elogiados pela gestão do clube, porque eles pegaram o clube como se fosse uma empresa quebrada e conseguiram recuperá-lo. O Flamengo aumentou suas receitas, conseguiu ter crédito no mercado. A questão é determinadas atitudes, os 15 meses da morte dos meninos, fez agora na semana passada 15 meses no dia 8, e até agora não teve nenhuma conversa durante a pandemia, nenhum contato", afirma o jornalista (disponível no vídeo acima a partir de 1:00:35).

"Eu falei com todos os advogados das famílias que não tiveram acordo, uma das famílias teve um contato porque o pai do menino ligou para o vice jurídico e, então, conversaram, mas só. Fora isso, nenhum contato, ou seja, está parado, está congelado isso aí e nenhum avanço, não se resolve. Essa questão agora da pressa para voltar que acaba colocando o clube numa situação de exposição por conta de algumas ações de parte da diretoria", completa Mauro Cezar.

O jornalista afirma ainda que a partir do momento em que os dirigentes do clube rubro-negro se colocam como referência na gestão, também estão sujeitos a críticas nos erros cometidos.

"A gestão do futebol está ótima, o time é forte, é campeão, a torcida está feliz da vida com isso e tudo bem. Mas são duas situações distintas e outra coisa, no momento em que essa diretoria do Flamengo se coloca como o modelo, ela passa também a ser mais cobrada. Você virou referência para a gestão de clube de futebol. Então, quando você tem algumas atitudes que são condenáveis, ou no mínimo, polêmicas, discutíveis, claro que vai ser discutido isso aí", afirma Mauro.

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