O Flamengo foi goleado pelo São Paulo por 4 a 1 em pleno Maracanã em jogo no qual o time rubro-negro desperdiçou dois pênaltis, cobrados por Bruno Henrique e Pedro, e defendidos pelo goleiro são-paulino Tiago Volpi. As duas cobranças ocorreram em momentos que poderiam mudar o rumo do jogo.
No podcast Posse de Bola #70, Mauro Cezar Pereira comenta a perde dos pênaltis pelo Flamengo na ausência de Gabigol, cobrador oficial do time até ficar afastado por lesão, e critica o técnico Domènec Torrent pelo fato de não ter um segundo cobrador definido ao deixar Bruno Henrique cobrar o primeiro contra o São Paulo, além de acreditar que Pedro não esteja treinando as cobranças.
"Contra o São Paulo o time perdeu dois pênaltis, que também é responsabilidade dele [Dome], o Bruno Henrique não é batedor de pênaltis. Há exatamente 1 ano ele bateu um pênalti no 4 a 1 sobre o Corinthians no Maracanã e só fez no rebote. Ele não bate bem. O Pedro parece que não está treinando, porque no Fluminense ele não perdia, e ontem bateu muito mal. Parece que nunca mais treinou", diz Mauro Cezar.
"Treinar pênalti, gente aí não dá. Qualquer atividade que você tenha, se você tem ali uns quatro ou cinco caras que são os caras candidatos a cobranças de pênalti, você para ali uns 15, 20 minutinhos, bate ali uns pênaltis para o goleiro reserva, titular, o que for, para manter a pontaria mais ou menos calibrada. E o técnico tem que observar isso em algum momento. O pênalti não pode ser uma coisa aleatória", completa.
Mauro ressalta que essa era uma crítica que ele já fazia aos técnicos brasileiros, além de também citar o jogo entre Botafogo e Ceará, no qual o lateral Victor Luís perdeu um pênalti que poderia ter dado a vitória ao clube carioca em um jogo no qual o japonês Honda havia convertido uma cobrança anterior e o time mudou de batedor no segundo.
"Eu sempre critiquei isso aqui por conta de omissão de técnicos brasileiros, então não posso deixar de falar quando o técnico é estrangeiro. O cara vai lá na hora, pega a bola, como no sábado, vocês devem ter visto o Botafogo jogando contra o Ceará", diz Mauro Cezar.
"Faz 1 a 0, gol do Honda de pênalti, empatou o Cléber para o Ceará, aí o Babi faz 2 a 1 para o Botafogo, aí pênalti para o Botafogo. 'O Honda bateu o primeiro muito bem, vai bater o japonês'. Aí foi lá bater o Victor Luís, chutou por cima do travessão. O Ceará empatou o jogo e acabou 2 a 2, o Botafogo perdeu dois pontos. Por que não bateu o Honda se bateu o primeiro e bateu bem, por que trocar?", completa.
Mauro destaca que nem sempre o batedor precisa ser o atacante do time, mas deveria ter um jogador responsável que fosse fixo, usando como exemplo o próprio São Paulo, com o lateral esquerdo Reinaldo, entre outros jogadores.
"O técnico tem que definir, se ele estiver muito ocupado fazendo, chama o auxiliar e fala 'olha, faz uma seleção, vê os caras que querem bater', tudo isso na primeira semana, estou conhecendo o elenco, preciso saber quem são os caras que batem pênalti, quem é o bom aqui. Por que o Reinaldo bate pênalti? Porque ele é um bom batedor. Ele não é goleador, não é centroavante, não é meio-campista, não é o camisa 10, não é nada disso, mas ele é que bate", diz o jornalista.
"Por que o Sérgio Ramos bate pênalti no Real Madrid? Porque ele é um bom batedor de pênaltis. Não é o Benzema, não é o Vinícius Júnior, não é o Hazard, nada disso, quem bate é o Sérgio Ramos, antes era o Cristiano Ronaldo, mas agora é o Sérgio Ramos. Então o Flamengo precisa definir um batedor de pênaltis, e não define, fica uma coisa aleatória, o cara pega a bola e bate, e isso também é responsabilidade do técnico", conclui.
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