Após paralisação, Vasco retoma votação e três chapas abandonam o pleito
Após ter sido paralisada, com base na decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em suspender a eleição, a votação no pleito do Vasco foi retomada e estará aberta até às 22h, como marcado anteriormente. Neste cenário, a chapa "Mais Vasco", de Jorge Salgado, a "Sempre Vasco", de Julio Brant, e "No Rumo Certo", de Alexandre Campello, se retiraram da corrida presidencial. Desta forma, restaram apenas a "Somamos", de Leven Siano e a "Aqui é Vasco", de Sergio Frias.
A suspensão da eleição aconteceu já no decorrer da noite de hoje (7), após praticamente todo o dia de votação. Pouco depois, a decisão chegou à mesa diretora e Faues Cherene Jassus, o Mussa, paralisou a votação, o que causou a revolta de Levan Siano, candidato da "Somamos", que ameaçou deixar o pleito.
A chapa de Leven, então, fez um protesto formal. Na visão do grupo, a decisão judicial não suspendia a eleição, mas, sim, seus efeitos. Desta forma, eles entendiam que a votação deveria continuar até o horário marcado e, com todos as cédulas depositadas, aguardar os desdobramentos na Justiça.
A mesa diretora, então, já sem Mussa — que foi embora —, decidiu pela retomada da votação. Revoltados, membros da "Sempre Vasco" decidiram pela retirada da chapa. Pouco depois, a "Mais Vasco" e a "No Rumo Certo" tomaram a mesma decisão, alegando que a eleição já havia sido desmobilizada e alguns sócios, inclusive, estavam entrando no ginásio sem o adesivo obrigatório.
"Apesar do absurdo da decisão ter sido tomada ontem à noite, nós viemos aqui, cumprimos a decisão judicial. Viemos bem, estávamos chegando na vitória, que alcançaríamos porque a gente sabe que nosso programa de votação é mais final da tarde, à noite. Ganharíamos a eleição. Paralisa-se a eleição, desmobiliza-se a eleição em função de uma nova decisão judicial. E, agora, querem retomar, descumprindo uma decisão judicial. Ou seja, é uma insanidade, não faz sentido. Houve tiro, bomba, briga do lado de fora. Eleitores já foram embora e querem retomar, descumprindo uma decisão judicial. Eu cumpro decisão judicial, como cumpri hoje. Viemos, trouxemos nossos eleitores, que votaram bem. Ganharíamos a eleição. A eleição foi interrompida e, agora, a mesa descumpre uma decisão judicial, apesar do presidente da Assembleia Geral já ter declarado nula a eleição e ter ido embora", disse Brant.
Ao fim do horário de votação, as urnas vão ser lacradas e não haverá contagem de votos, no aguardo das próximas decisões judiciais.
Mais cedo, Leven havia ameaçado realizar o mesmo movimento, mas caso fosse submetido a um novo pleito.
"O Mussa está indo embora porque ele tem três filhos e um neto na chapa "Sempre Vasco". E ele está, unilateralmente, se achando o dono do Vasco. Mas o Vasco é dos vascaínos. O Vasco tem de voltar a ser um clube democrático, resolvido dentro dos muros de São Januário. Isso é uma vergonha. Eu declaro, publicamente, que não vou me submeter a outra eleição. Não vou. Se o vascaíno quiser que eu seja presidente, será através dessa eleição. Se eu tiver de me submeter a outra eleição, eu entrego a chave do clube para quem eles quiserem, e o Vasco vai continuar nessa merda em que está", afirmou o candidato da "Somamos".
A eleição vascaína aconteceu hoje (7) depois de uma decisão do desembargador Camilo Ribeiro Ruliére, que derrubou liminar que determinava que o pleito fosse on-line no próximo dia 14. Além disso, remarcou a votação para este sábado, de forma presencial. A medida foi tomada após recurso de Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo, e Luiz Roberto Leven Siano.
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