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OPINIÃO

Arnaldo: Os favoritos na Libertadores são os argentinos, mas não disparados

Do UOL, em São Paulo

04/01/2021 18h40

Pela terceira edição consecutiva, a Libertadores tem nas semifinais dois clubes brasileiros e dois argentinos, com Boca Juniors e River Plate presentes em todas as ocasiões, se enfrentando na final de 2018, vencida pelo time de Gallardo, que no ano seguinte venceu novamente o rival na semifinal e ficou com o vice após perder para o Flamengo. Desta vez, o Boca reencontra o Santos, e o River reedita a semifinal de 1999 com o Palmeiras.

No podcast Posse de Bola #88, Arnaldo Ribeiro afirma que vê os dois times argentinos favoritos nos confrontos com o Palmeiras de Abel Ferreira e o Santos de Cuca, mas ressalta que a vantagem de River e Boca não é tão grande.

"O Palmeiras teve o River pela frente na semifinal de 1999, quando ganhou o título, foi o grande obstáculo, foi uma partida épica na volta no Palestra Itália com o Alex comandando, mas eu acho que neste confronto, se fosse colocar favoritismo, eu diria que os favoritos, por aspectos diferentes nessas semifinais, são os argentinos.Não disparados, mas são os favoritos", diz Arnaldo.

O jornalista analisa o confronto entre Boca Juniors e Santos e, assim como Mauro Cezar Pereira, acredita que o Santos possa levar vantagem e repetir o que fez nas quartas de final diante do Grêmio.

"Se o Grêmio tem Diego Souza, Kannemann e Geromel, o Boca tem Tevez, Ábila, Buffarini. É diferente do time do River, que é um time que joga, o Boca muitas vezes vai na malícia, vai na disputa, vai no conflito, vai na experiência. O Santos conseguiu fazer isso muito bem contra o Grêmio, não só pelo estilo do Grêmio, mas pela característica dos jogadores do Grêmio, e isso foi interessante", diz Arnaldo.

"Eu não sei se consegue repetir, mas acho que a estratégia vai ser basicamente a mesma, com esses adendos que o Mauro falou do tipo de dar a bola para o Boca e jogar no erro, jogar na velocidade e tudo mais. Os garotos do Santos foram muito bem nesse confronto contra os homens do Grêmio e conseguiram um incômodo em relação ao Grêmio que o São Paulo não conseguiu em nenhum momento, por exemplo. E também concordo sobre a responsabilidade dos semifinalistas. O Santos é o franco-atirador", completa.

Por fim, Arnaldo chama a atenção para o fato de Tevez ter enfrentado o Santos na final da Libertadores de 2003 e estar novamente em campo pelo time xeneize na semifinal, no reencontro dos dois times.

"Aquela final de 2003 entre Santos e Boca, o Santos tinha um timaço e tinha sido reforçado com o Ricardo Oliveira, tinha a presença do Carlitos Tevez, 2003! E o Carlitos Tevez está aí de novo no Boca, vai jogar de novo contra o Santos. Tem uns meninos do Santos que em 2003 estavam chupando pirulito, na escolinha", conclui.

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