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ANÁLISE

Juca: "Para o Diniz não tem jeito, é céu ou inferno, não tem meio-termo"

Do UOL, em São Paulo

15/01/2021 19h18

O São Paulo lidera o Brasileirão, mas vem de duas derrotas consecutivas e viu os principais concorrentes se aproximarem, perdendo uma vantagem que chegou a ser de sete pontos. Com os resultados e a eliminação no fim de 2020 para o Grêmio na Copa do Brasil, a paz do torcedor com Fernando Diniz deu novamente lugar às críticas com as quais o técnico convive desde que chegou ao clube.

No podcast Posse de Bola #91, Juca Kfouri vê o técnico com o respaldo dos jogadores pelo fato de eles terem parte na sua contratação, além de aprovarem a forma com a qual Diniz trabalha, mas vê a necessidade de auxílio de nomes grandes do São Paulo para que o time consiga se sustentar na briga pelo título até o final.

"Não apenas o Diniz está lá há mais de ano, como ele chegou lá com o respaldo dos jogadores mais importantes do São Paulo. A gente sabe o quanto o Daniel [Alves] tem a ver com a presença dele. E, de fato, eu acho que a explanação que o Arnaldo fez em relação à dificuldade de o Fernando Diniz planejar uma reta final, até nesse sentido de saber 'não, este jogo aqui o empate para mim está bom e eu vou jogar por isso', tem muito a ver com essa análise que se faz e que na verdade não deveria estar a cargo dele", diz Juca.

"A exemplo do que o Mauro fala em relação à direção do Flamengo ter que assumir certas responsabilidades com estrelismos, no caso do São Paulo, que está nessa fila angustiante, são aqueles que têm a experiência da vitória que deveriam fazer este papel, e nesse aspecto o Raí é um deles, agora o Muricy, porque o Muricy sabe fazer isso, cansou de fazer isso no São Paulo e a gente até criticava o excesso de pragmatismo do Muricy, mas ele conduziu a um tricampeonato e é tudo o que o são-paulino quer, não quer nem o tricampeonato, quer um campeonato esse ano de 2020/21", completa.

O jornalista afirma que o respaldo de nomes importantes do São Paulo é importante até por não haver um meio-termo na análise do trabalho de Diniz.

"Eu acho natural que o escrutínio seja feito em torno do Diniz, o Diniz não tem jeito, é céu ou inferno, não tem conversa, não tem meio-termo, não tem meio-termo para ele", conclui.

Posse de Bola: Quando e onde ouvir?

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