A final da Libertadores que acontece amanhã, às 17h, entre Palmeiras e Santos, no Maracanã, não teve venda de ingressos, mas está prevista a presença de cerca de 5 mil pessoas no estádio, incluindo convidados, dirigentes da Conmebol e autoridades, tudo isso em um momento no qual o Brasil tem um número elevado de mortes diárias pela covid-19, sendo o Rio de Janeiro uma das cidades mais afetadas.
No Posse de Bola #95, Mauro Cezar Pereira chama a atenção para a quantidade de pessoas que deverão estar presentes no jogo e critica a falta de abordagem da imprensa em relação a isso, vê contradição e lembra que jornalistas criticaram o Flamengo quando o clube tentou acelerar a volta do futebol no início da pandemia.
"Não teremos um Maracanã repleto, mas cerca de 5 mil pessoas são esperadas e aí a versão oficial é 'não, mas são jogadores, árbitros, técnicos, comissão técnica, staff da Conmebol, pessoal de segurança, empregados do Maracanã, imprensa, aí vem convidados dos patrocinadores e dirigentes da Conmebol, autoridades da cidade, do estado e país, e convidados dos clubes finalistas. Eu soube essa semana já de duas pessoas que não têm nada a ver, mas que vão. Um porque foi convidado e o outro porque trabalha para uma empresa que é uma das patrocinadoras do evento, parceira da Conmebol", diz Mauro Cezar.
"Me espanta a omissão e o silêncio subserviente de parte da imprensa, que pediu 'fique em casa' durante meses e agora está achando tudo lindo. É uma contradição. Durante muito tempo criticando clubes que eram para ser criticados tentaram forçar, como foi o caso do Flamengo, a volta de forma muito precoce, pedindo para o futebol não voltar, jornalistas que falaram 'o futebol não pode voltar' e que agora estão batendo palmas para isso", completa.
O jornalista afirma que o Rio de Janeiro é o estado com a maior proporção de mortos pela covid-19 a cada 100 mil habitantes, mas que hoje se vê com normalidade a presença de 5 mil pessoas em um estádio para a final da Libertadores.
"5 mil pessoas no Maracanã com o coro comendo no Rio de Janeiro e o vírus está solto no Rio de Janeiro. Aliás, a proporção de mortos a cada 100 mil habitantes no Rio de Janeiro é maior acho que que qualquer estado do Brasil, inclusive em relação a Manaus, no Amazonas, onde a coisa anda bem complicada já há algum tempo", diz Mauro Cezar.
"Esse é um ponto que me chama muita atenção. Como se faz silêncio por conveniência, como se discursa muitas vezes quando é fácil falar. Aí, de repente, quando o patrão muda de ideia e o 'fique em casa' não vale mais à pena, aí todo mundo faz festa, todo mundo solta rojão, acha tudo lindo e maravilhoso. São realmente muito cordatos e obedientes os companheiros", conclui.
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