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Cuca vai do êxtase ao olhar no horizonte em arquibancada após expulsão

Cuca durante a final da Copa Libertadores - Gledston Tavares/Framephoto/Estadão Conteúdo
Cuca durante a final da Copa Libertadores Imagem: Gledston Tavares/Framephoto/Estadão Conteúdo

Eder Traskini

Do UOL, no Rio de Janeiro

31/01/2021 04h00

Faltavam três minutos para o fim da tempo regulamentar da final da Libertadores. A bola sai de campo em direção à área técnica e Cuca se abaixa para pegar, mas acaba derrubado por Marcos Rocha, que tenta também pegar a bola. Confusão armada e cartão vermelho para o técnico do Santos. No lance imediatamente seguinte, Breno Lopes marcou o gol que deu o título ao Palmeiras.

Logo após a expulsão, Cuca pediu para o árbitro olhar o VAR. Na visão do treinador, ele nada fez e acabou atropelado pelo lateral palmeirense na intenção de pegar a bola. Naquele momento, os dois times pareciam apenas aguardar o término dos 90 minutos para decidir o duelo na prorrogação.

Cuca assiste ao jogo de longe - Eder Traskini/ UOL - Eder Traskini/ UOL
Cuca, de branco, assiste ao jogo da arquibancada após ser expulso
Imagem: Eder Traskini/ UOL

A expulsão, no entanto, se transformou no lance crucial da partida. Cuca, após desistir de pedir o VAR, foi para a arquibancada e, fazendo sinais com as mãos, pediu o apoio do torcedor. Ao ser prontamente atendido, o técnico se animou: pulou a mureta e decidiu ver o restante do jogo no meio do torcedor.

Os santistas, é claro, explodiram em gritos quando se viram cercando o técnico que levava, até aquele momento, uma equipe desacreditada até a prorrogação de uma final de Libertadores. Cuca, tão exaltado quanto a torcida, tentava incendiar ainda mais o torcedor para apoiar o time. Durou pouco.

No lance seguinte, como falamos, Breno Lopes fez o gol do Palmeiras e o clima mudou totalmente na arquibancada santista, como era de se esperar. Sem seu comandante à beira do campo, o Peixe perdeu concentração, sofreu o gol e não teve organização para tentar a reação nos poucos minutos restantes.

Cuca foi retrato disso. Os gestos com as mãos deram lugar aos braços apoiados na mureta do Maracanã. O olhar, antes incendiário, ficou perdido no horizonte. O técnico sabia o que aquele gol significava naquele momento. O Peixe perdia a chance de ser campeão da Libertadores.

Depois, Cuca sequer pôde conceder entrevista coletiva, barrado pela Conmebol após ser expulso. Foi com o cotovelo apoiado na mureta e com o olhar perdido no horizonte que Cuca se despediu da brilhante campanha na Libertadores, em que levou um Santos desacreditado e cheio de problemas a poucos minutos da glória.

Depois de expulso, Cuca pulou a arquibancada e foi para torcida -  Gledston Tavares/Framephoto/Estadão Conteúdo -  Gledston Tavares/Framephoto/Estadão Conteúdo
Depois de expulso, Cuca pulou a arquibancada e foi para torcida
Imagem: Gledston Tavares/Framephoto/Estadão Conteúdo

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