A morte de 10 garotos das categorias de base do Flamengo em um incêndio no CT Ninho do Urubu completa hoje dois anos, com o clube ainda não tendo chegado a acordo de indenizações com parte das famílias, faltando uma e meia, além de a Justiça não ter apontado os responsáveis.
No podcast Posse de Bola #98, Mauro Cezar Pereira lembra a data, diz que as famílias que fizeram acordos foram vencidas pelo cansaço e critica a demora da Justiça brasileira após o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) ter denunciado 11 pessoas pelo crime de incêndio culposo, entre eles o ex-presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello.
"Dois anos hoje, ontem o clube pediu lá ao Bragantino e colocaram imagens dos meninos no telão, aquela coisa toda, mas ainda é uma família e meia sem acordo e as últimas famílias que fizeram acordo com o Flamengo, elas foram vencidas pelo cansaço. Proposta colocada, 'olha, é isso aqui'. E aí, no final, os caras acabam cedendo porque ninguém aguenta mais isso, as famílias não aguentam mais", diz Mauro Cezar.
"Fora o Flamengo, a Justiça se arrasta, como um verdadeiro, não é nem um paquiderme, o que se arrasta mais, mais lento, mais pesado se movimentando? Não consigo nem imaginar o quê, parece um trator sem combustível, sei lá, a coisa não anda. E aí você tem aí nomes que foram apontados pelo Ministério Público para a Justiça, para que sejam indiciados, mas nada acontece. Dois anos, e ninguém até agora foi identificado como responsável, ninguém foi detido, não houve nada, zero", completa.
O jornalista também lamenta o fato de alguns dos funcionários da época, envolvidos no caso, seguirem prestando serviços ao Flamengo e que isso envergonha os torcedores do clube.
"Morreram dez meninos queimados vivos no CT de um clube e nada aconteceu. E alguns funcionários da época, que estão nesse rolo todo, continuam prestando serviços ao Flamengo, realmente uma coisa vergonhosa, que envolve a outra gestão, que foi a que inaugurou aquela arapuca onde morreram os garotos e a atual gestão, que é essa que faz o que faz com essas famílias, que já deveria ter tratado essas famílias de uma outra forma, é algo que envergonha o torcedor do Flamengo, é algo lamentável, ridículo, patético e são dois anos, é absurdo", diz Mauro.
"Exatamente há dois anos o mundo estava chocado porque dez garotos morreram queimados vivos no CT de um clube que praticamente assumiu a guarda dos meninos, quando você recebe garotos, adolescentes, e os coloca sob o seu teto, você está assumindo a responsabilidade sobre eles e foi o que fez o Flamengo, e depois de dois anos a Justiça brasileira mostrou o que é a Justiça brasileira nesses casos", conclui.
Posse de Bola: Quando e onde ouvir?
A gravação do Posse de Bola está marcada para segundas e sextas-feiras às 9h, sempre com transmissão ao vivo pela home do UOL ou nos perfis do UOL Esporte nas redes sociais (YouTube, Facebook e Twitter). A partir de meio-dia, o Posse de Bola estará disponível nos principais agregadores de podcasts.
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