Inquérito não investiga vazamento de rota em ataque a ônibus do São Paulo
Aberto há um mês, o inquérito policial que investiga a emboscada contra o ônibus do São Paulo ocorrida no dia 23 de janeiro não realizou nenhuma diligência para investigar um possível vazamento do trajeto realizado no dia do ataque. A delegação são-paulina utilizou uma rota alternativa para ir o Morumbi, mas mesmo foi assim foi atacada quando passava por uma rua pela qual nunca transitava em dias de jogos.
A suspeita de que alguém do próprio clube pudesse ter passado informações aos autores do ataque surgiu entre os próprios jogadores, e chegou a gerar discussão ríspida entre um atleta e um funcionário do clube.
Os criminosos chegaram ao local horas antes da passagem do ônibus, e montaram uma pequena estrutura em um galpão abandonado, onde foram encontrados dois carros, pedaços de madeira, metal, pedras e explosivos, o que corrobora a tese de que existia conhecimento prévio da rota.
O tema de um potencial vazamento do trajeto sequer aparece nas páginas do inquérito policial até agora. Ao UOL Esporte, uma pessoa ligada às investigações afirmou que soube da suspeita entre jogadores, mas disse que não sabe se o assunto será alvo de diligências.
Internamente, no São Paulo, também não existe processo de apuração em andamento sobre o assunto, que é considerado de natureza policial.
A emboscada foi protagonizada por cerca de 30 torcedores, que atacaram o ônibus do clube no caminho para o jogo contra o Coritiba, no Morumbi, utilizando paus, pedras e explosivos de fabricação caseira.
A Polícia Militar encontrou com os criminosos bombas confeccionadas com bolas de bilhar e pregos - segundo os especialistas antibombas, poderiam ter causado até a morte de jogadores caso os atingissem.
Pedras foram parar dentro do ônibus do São Paulo, e autores do ataque entraram em conflito, ferindo três policiais. Dos 30, 14 foram presos, mas já respondem ao processo em liberdade. A Polícia investiga o envolvimento de um dirigente da organizada Torcida Independente como possível mandante do crime.
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