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ANÁLISE

Mauro: Será uma "bananice" se o Flamengo não fizer nada no caso do Gabigol

Do UOL, em São Paulo

15/03/2021 18h27

No fim do período de folga e prestes a se reapresentar no Flamengo para a temporada 2021, o atacante Gabigol foi detido durante operação policial em um cassino clandestino, em São Paulo, na noite do último sábado (13), mas o clube, por meio do vice-presidente jurídico Rodrigo Dunshee de Abranches indicou que o Rubro-Negro não deverá multar o jogador, considerando o episódio uma questão pessoal.

No podcast Posse de Bola #108, Mauro Cezar Pereira comenta o caso e acredita que realmente o ocorrido ia será ignorado, com o camisa 9 escapando de qualquer punição, o que seria uma demonstração de falta de pulso por parte da atual gestão, na opinião do jornalista.

"A minha expectativa hoje não é o que eu acho que seja o certo, mas o que acho que vai acontecer é que vão deixar a coisa correr e cair no esquecimento. Não acho que o Flamengo vá fazer alguma coisa, mas acho que o Flamengo deveria", diz Mauro Cezar.

"Acho que vai ser uma "bananice" se não fizerem nada. Tanto falavam do outro presidente e tal, da outra gestão, criticavam a falta de pulso, eu acho que se não fizerem nada, vai ser uma demonstração de falta de pulso. O jogador tem, sim, que ser chamado. Se vai aplicar multa ou não, aí eu não sei porque não conheço os termos do contrato, depende do que diz o contrato e uma análise por advogados. Mas, no mínimo, ele tem que ser chamado a atenção e isso tem que ser colocado publicamente, deveria ser, porque é óbvio que ele está errado", completa.

Mauro Cezar cita a resposta dada pelo vice jurídico do Flamengo e discorda da posição de que o caso é pessoal, uma vez que o jogador recebe por direito de imagem e o caso afeta a imagem tanto de Gabigol quanto do clube, sem contar o fato de, caso o jogador tenha sido contaminado pelo novo coronavírus em meio à aglomeração, expor os próprios jogadores e funcionários do CT do Flamengo.

"Você envolve a imagem do jogador, consequentemente do clube, o jogador recebe direito de imagem, ou seja, o clube paga parte da remuneração a título de direito de imagem. Se isso é feito com objetivo A, B ou C é outra questão, o fato é que você paga direito de imagem e a imagem fica comprometida quando o jogador é detido nessa situação no meio da pandemia. É óbvio que fica. Como reagem os patrocinadores do clube, que também mesclam a imagem do jogador e os símbolos do Flamengo? É evidente que isso não é bom", afirma o jornalista.

"É claro que isso interessa ao Flamengo, como não? Mas não acredito que façam nada. Acho que vão deixar meio que cair no esquecimento, talvez pela postura que parte da presidência [tem] com relação a tudo isso, o que está acontecendo no mundo, já há pouco mais de um ano, e também porque não vão querer comprar essa briga", conclui.

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