O Palmeiras estreou no Campeonato Brasileiro com derrota para o Flamengo em jogo no qual criou chances na primeira etapa e encontrou dificuldades para sair da pressão adversária na segunda, em dia no qual o técnico Abel Ferreira chamou a atenção pelas declarações antes e depois da partida, quando reclamou da imprensa.
No podcast Posse de Bola #130, Mauro Cezar Pereira aponta as dificuldades do Palmeiras para sair com a bola em sua defesa e vê a proposta de jogo de Abel Ferreira como limitada, devendo em termos de repertório, com a qualidade dos jogadores que tem em seu elenco, além de questionar a forma como muitos consideram que o português acrescenta ao futebol no Brasil, quando na opinião do jornalista ele repete muitos aspectos de técnicos brasileiros.
"A chance do Palmeiras, é o que acontece quase sempre, é conseguir aproveitar aquele momento do jogo, contra o São Paulo nem isso aconteceu, na final do Paulista, em que eu vou conseguir encaixar um contra-ataque. Eu acho isso muito pouco, gente, pelo volume de investimento e a qualidade dos jogadores do Palmeiras, é o que eu falo desde o ano passado, isso é falta de repertório, é um técnico sem repertório. Para quem não sabe o que significa ter repertório, é ter diversidade, variedade, opções. Não tem, só joga de um jeito", diz Mauro Cezar.
"O que me impressiona nesse contexto todo do técnico do Palmeiras é quede ainda é tratado por muita gente por aí como se ele fosse alguém que acrescentasse algo ao nosso futebol, ao futebol jogado no Brasil. Não acrescenta nada, não acrescenta rigorosamente nada, acrescentou sim à história do Palmeiras, comandando o Palmeiras na conquista de títulos importantes. Então, para o Palmeiras ele é um profissional que está na história, palmas para ele, mas para o nosso futebol, para o nosso desenvolvimento de qualidade do jogo, técnico, tático, ele nada acrescenta", completa.
Mauro destaca que a forma de jogar do Palmeiras com Abel não tem tanto de diferente em relação aos trabalhos anteriores com Cuca, Luiz Felipe Scolari e Mano Menezes, com um forte sistema defensivo e a exploração de jogadas em velocidade, no chamado jogo reativo.
"Ele é igualzinho a vários outros que estão por aqui, nas reclamações, nos pitis à beira do campo, nas entrevistas, mudando de assunto depois do jogo e não falando do jogo quando perde e na formação da equipe, é o que se viu ontem de novo, quando o Palmeiras precisa fazer algo diferente, não consegue", diz Mauro Cezar.
"Não é por falta de qualidade dos atletas, é porque não é treinado para isso, como não era treinado para fazer assim pelo Felipão, pelo Mano Menezes, pelo próprio Cuca. Então tinha aquela forma de jogar e é muito parecido", conclui.
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