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Posse de Bola

Programa semanal de futebol com Juca Kfouri, Mauro Cezar Pereira, Arnaldo Ribeiro e Eduardo Tironi


ANÁLISE

Posse de Bola #138: Palmeiras sobe, Flamengo x gramado e Vasco histórico

Do UOL, em São Paulo

28/06/2021 13h06

O Flamengo disputou ontem a sua primeira partida como visitante no Campeonato Brasileiro e perdeu para o Juventude por 1 a 0, em Caxias do Sul, atuando em um gramado encharcado, que proporcionou a oportunidade do gol do time mandante em erro do lateral Matheuzinho, causando a discussão sobre a permissão do jogo em um gramado nas condições do apresentado no estádio Alfredo Jaconi.

No podcast Posse de Bola #138, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam a derrota do Flamengo e o gramado do Alfredo Jaconi, considerando que o jogo não deveria ter sido realizado, pela dificuldade de se jogar futebol e até a segurança dos jogadores.

Mauro Cezar Pereira afirma que o esporte praticado em Caxias do Sul era outro e questiona como a CBF permite que seja realizada uma partida naquelas condições, sendo que há alguns dias foi adiado um jogo da Série B pelo mesmo motivo.

"Um campo impraticável, ali não tem futebol, não dava para trocar três passes, isso não é futebol. De que adianta o Flamengo e outros times fazerem investimentos altíssimos nos seus elencos para jogar em um campo que não é um campo de futebol, onde você não consegue trocar três passes?", questiona Mauro.

"É claro que é responsabilidade da CBF e do árbitro, que não teve a coragem de fazer como o árbitro fez oito dias antes em Avaí e Remo, adiou o jogo. O jogo não aconteceu. Por que Avaí e Remo foi adiado e Juventude e Flamengo foi disputado? Qual a diferença? Os dois estavam ruins, os dois não tinham condições", completa.

O jornalista rebate as alegações de que o Juventude se adaptou melhor e que o gramado encharcado cria dificuldades iguais para os dois times, afirmando que ocorreu o nivelamento da partida, além de apontar que Matheuzinho cometeu um erro primário ao tentar atravessar uma bola na frente da área.

"Gramado é ruim para os dois? Pelo amor de Deus. O gramado é pior para quem sabe jogar mais bola, o time que precisa rolar a bola, então o gramado não é ruim para os dois, o gramado iguala o jogo, isso é uma coisa óbvia, o gramado torna os dois times mais próximos, e o Juventude não criou nenhuma situação de gol", diz Mauro.

"Criar situação de gol ali é algo praticamente aleatório, como foi o erro do Matheuzinho, que foi o vilão do Flamengo, porque não era para atravessar aquela bola em frente à área. Bola atravessada em frente à área já é algo que deve ser evitado, Toninho Cerezo nos ensinou isso em 1982. Não se atravessa a bola na frente da área a não ser em uma situação de extrema segurança, em que você não está pressionado, os adversários estão distantes", completa.

Juca Kfouri também opina que o jogo não deveria ter sido realizado, apontando o prejuízo à segurança dos jogadores e também ao nível do futebol praticado.

"Não podia ter acontecido o jogo, nem começado. O assoprador tinha que ter ido lá, olhado aquele gramado e dito 'aqui não, aqui os jogadores não vão jogar'. Por duas razões, a primeira integridade física, saúde dos jogadores, não posso submeter profissionais a esse gramado. Em segundo lugar, menos importante mas nem tão menos, o futebol antes de mais nada é um espetáculo e ali não havia condição de ter espetáculo algum. Então não tinha que ter jogo", diz Juca.

Já Arnaldo Ribeiro defende o gramado do Alfredo Jaconi, que passou por reforma recente, embora tenha apresentado um problema na drenagem que já ocorreu com outros estádios na temporada e vê o Flamengo tendo dado azar ao encontrar as condições que teve em Caxias do Sul, já que o jogo dificilmente seria adiado devido ao calendário já apertado do futebol brasileiro.

"Se fosse minimamente possível, o jogo não deveria ter acontecido porque é outro esporte, não é um jogo normal. E acho que aí o Flamengo na sua primeira visita no campeonato deu azar, deu azar e também foi o único time que arriscou uma situação que não poderia ter arriscado. Outros times vão lá, só que dificilmente vão pegar essa drenagem entupida", conclui.

O programa também analisa a vitória do Palmeiras com gol nos acréscimos diante do Bahia, o Santos de Fernando Diniz derrotando o Atlético-MG de Cuca, os empates de Corinthians, com o Fluminense, e São Paulo, com o Ceará, antes do clássico entre os dois clubes, o empate da seleção brasileira com o Equador e a manifestação histórica do Vasco contra a homofobia e transfobia.

Posse de Bola: Quando e onde ouvir?

A gravação do Posse de Bola está marcada para segundas e sextas-feiras às 9h, sempre com transmissão ao vivo pela home do UOL ou nos perfis do UOL Esporte nas redes sociais (YouTube, Facebook e Twitter).

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