Mauro: Galo e Palmeiras continuam devendo, é um futebol aquém do que podem

Palmeiras e Atlético-MG venceram por 1 a 0 fora de casa os seus jogos contra Sport e Cuiabá, respectivamente, e se mantiveram entre os quatro primeiros do Brasileirão após a nona rodada, atrás apenas do líder Red Bull Bragantino e do vice-líder Athletico-PR, que tem um jogo a menos, em atuações nas quais garantiram a vantagem no primeiro tempo e buscaram administrar o placar na segunda etapa.

No podcast Posse de Bola #140, Mauro Cezar Pereira critica as atuações dos times comandados por Abel Ferreira e Cuca na rodada e afirma que, embora estejam conseguindo os resultados, o futebol ainda está abaixo do que ambos podem apresentar com seus elencos, citando uma diferença de cobrança em relação ao Flamengo.

"Como foi tratado o pós-jogo de Flamengo 2 a 0 no Cuiabá fora de casa? 'O Flamengo no segundo tempo passou sufoco'. Não passou sufoco, o Flamengo no segundo tempo teve uma chance contra si, o Cuiabá teve mais a bola e mais nada. Críticas. Agora temos elogios ao Atlético-MG, que no segundo tempo sabe quantas bolas chutou contra o gol do Cuiabá? Zero! Nenhuma! O Atlético-MG não jogou mais, fez 1 a 0 e sustentou o 1 a 0, abraçou o 1 a 0, parecia a seleção do Tite, que adora 1 a 0", diz Mauro.

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"O Palmeiras no segundo tempo ontem deu a bola para o Sport, isso é pouco. Não é porque você derrota dois dos times mais fracos do campeonato que vai parecer tudo maravilhoso, é claro que é pouco. É um campeonato longo, o momento em que os times vencem, cumprindo o seu papel, como o Flamengo ao vencer semana passada não fez mais do que a sua obrigação ganhando do Cuiabá", completa.

O jornalista afirma que os elencos de Palmeiras e Atlético-MG não são aproveitados como poderiam por seus treinadores e que os times continuam devendo, ainda que tenham conseguido vencer os jogos diante de adversários inferiores.

"Tanto Atlético-MG quanto Palmeiras, eles continuam devendo, ainda é um futebol aquém do que os elencos podem apresentar e é preciso também que a gente olhe um pouco para isso, o Atlético-MG não chutou uma bola no gol no segundo tempo, o Palmeiras finalizou, mas nenhuma na direção do gol. Quer dizer, eu tenho a vantagem no placar e vou ficar com ela, 1 a 0. É curiosa essa diferença de olhar geral, o Flamengo na quinta-feira fez um segundo tempo ruim, muito ruim, e ainda fez o segundo gol. O Palmeiras e o Atlético-MG jogaram também com adversários mais fracos, abraçaram o 1 a 0, mas aí beleza. Por que essa diferença?", diz Mauro.

"Eu acho que a crítica vale para os três, para o mau segundo tempo do Flamengo quinta-feira e para esses dois comportamentos das equipes. Faz 1 a 0, o time e inferior, vai lá e faz dois, faz três, liquida o jogo, mostra a sua superioridade e esmaga logo o adversário, mas ficam ali flertando com aquele 1 a 0", conclui.

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