O técnico Tite voltou a ter seu trabalho criticado depois da derrota da seleção brasileira para a Argentina na final da Copa América. Embora tenha apenas cinco derrotas nos 61 jogos no comando da equipe, com aproveitamento próximo de 80%, a dependência de Neymar e a falta de alternativas ofensivas causam questionamentos ao treinador.
No podcast Posse de Bola #142, Arnaldo Ribeiro cita as mudanças de formação das seleções europeias na comparação com a brasileira, a adoção do sistema com três zagueiros, que o Brasil não utiliza com Tite e vê uma estagnação no trabalho do treinador gaúcho.
"Tem uma questão de uma estagnação da seleção do Tite clamorosa. O que eu entendo vendo o trabalho do Tite é que a seleção brasileira continua sendo um time forte do meio-campo para trás, mas continua sendo completamente dependente das individualidades do Neymar do meio de campo para a frente e faz quanto tempo que a gente está falando sobre isso? É impressionante", diz Arnaldo.
"Eu me pergunto, qual é a melhor qualidade do jogador brasileiro hoje na Europa ou no Brasil? Defender. E o Brasil tem talvez três dos principais zagueiros do mundo e o Brasil é incapaz de jogar com três zagueiros. É curioso, o Brasil não tem bons meio-campistas do meio para a frente, o Brasil não tem bons atacantes do meio para a frente, não tem, tem razoáveis, tem bons, não tem excelentes, não tem excepcionais, e o Brasil continua jogando da mesma forma, linha de 4, o Casemiro na frente, e bola para o Neymar", completa.
Arnaldo afirma também que, apesar de ver uma estagnação no trabalho de Tite, não considera que o cargo dele esteja ameaçado devido a uma crise no mercado de técnicos brasileiros e questiona se não seria a hora de ter um estrangeiro no comando da seleção, citando que isso já ocorre na seleção feminina, hoje treinada pela sueca Pia Sundhage.
"Ele só vai ser provado na Copa do Qatar e ele não é mais ameaçado por falta de sombra no futebol, porque os técnicos brasileiros vivem uma crise gigante, agora acabou de haver uma troca no Flamengo de dois pseudocandidatos à sucessão do Tite, cada um de um momento, geração, e eles mal são unanimidades no Flamengo, o Rogério saiu pela porta dos fundos e o Renato está entrando meio desacreditado lá depois de um início ótimo de trabalho no Grêmio e um final ruim de trabalho no Grêmio", diz Arnaldo.
"O Tite só não é mais questionado por isso, porque não apareceu ninguém mais criativo que ele. A gente tem sim que cobrar mais do comando técnico da seleção brasileira, não só da CBF, como a do técnico é ruim hoje, é fraco, e cogitar sinceramente, por que não, um possível comando estrangeiro numa seleção brasileira, que é um crime lesa-pátria. A seleção feminina está na mão de estrangeiro, seleção de vôlei já teve, seleção de handebol idem, por que a seleção brasileira masculina não pode ter um estrangeiro se os principais técnicos não estão no Brasil hoje?", conclui.
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