Dois dos melhores elencos do país e que vêm de conquistas das últimas duas edições da Libertadores e os últimos três títulos brasileiros, Flamengo e Palmeiras venceram seus jogos de oitavas de final da Libertadores fora de casa, com o rubro-negro superando o Defensa y Justicia em Florencio Varela por 1 a 0, mesmo placar do alviverde contra a Universidad Católica, em Santiago, em jogos nos quais se destacaram os goleiros Diego Alves e Weverton.
No podcast Posse de Bola #143, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam a semana de Flamengo, Palmeiras e dos outros brasileiros que atuaram pelas oitavas de final da Libertadores, além da contratação de Giuliano pelo Corinthians e da presença de público para a próxima semana em Brasília no duelo entre Flamengo e Defensa y Justicia.
Mauro Cezar afirma que as atuações de Flamengo e Palmeiras foram muito ruins e considera inadmissível que clubes que tenham elencos tão superiores aos de seus adversários, como é o caso dos dois, tomarem o sufoco da última quarta-feira (14).
"Flamengo e Palmeiras foram horrorosos, horrorosos. Eu acho inadmissível elencos como o do Palmeiras e o do Flamengo irem enfrentar equipes organizadas e tal, mas muito inferiores tecnicamente, como são Universidad Católica e Defensa y Justicia, para tomar calor. Outro número que eu coloquei até no meu blog, Weverton e o Diego Alves tiveram nesses dois jogos atuações históricas pelos seus clubes, o Weverton nunca fez tantas defesas exceto no jogo famoso do River Plate", diz Mauro Cezar.
"O Palmeiras flertou demais com o perigo e o Flamengo muito mais ainda, na minha opinião, porque o Palmeiras joga sempre assim, ou quase sempre, o Flamengo não, o Flamengo mudou completamente e não foi só por conta de desfalques, foi uma opção do técnico, de marcar no próprio campo, recuar o time, ele tirou o Gabigol do jogo, tirou o Arrascaeta do jogo, e aí vem essa falácia de que o técnico não quis correr riscos, como não quis correr riscos? Ele correu riscos, ele só correu riscos", completa.
Mauro cita o desempenho do Flamengo até o último jogo sob comando de Rogério Ceni, na derrota para o Atlético-MG, pelo Brasileirão, como o time que menos concedia chances de gol aos adversários e que com a forma defensiva armada por Renato Gaúcho no seu jogo de estreia no comando do time, a defesa ficou mais suscetível a finalizações e levou Diego Alves a precisar trabalhar muito.
"O Flamengo passava muito tempo com a bola longe do seu gol. É verdade que tinha problemas defensivos e às vezes na bola parada e tudo tomava alguns gols, tinha até melhorado um pouquinho, mas isso era um problema que existe e que já foi amplamente debatido, mas era uma proposta de jogo em que você não concedia muitas oportunidades, porque você tem a bola e a mantém muito tempo longe da sua meta", diz Mauro.
"Quando o Flamengo sai desse formato, desse modelo de jogo e vai jogar fechado, esperando o adversário, chamando para o seu campo, o time não sabe jogar assim. Tinha dois volantes que nunca haviam atuado juntos, no caso, o Thiago Maia e o João Gomes. Dois jogadores importantes que praticamente não atuaram, o Arrascaeta e o Gabigol, e o Diego Alves, a exemplo do Weverton, teve a sua segunda maior atuação em número de defesas importantes e toda a sua história, a sua carreira na Libertadores pelo Flamengo", completa.
O jornalista considera que o Palmeiras venceu com um gol em pênalti que não deveria ter sido marcado pela arbitragem, enquanto o Flamengo contou com a sorte no chute de Michael que desviou e caiu dentro do gol do Defensa y Justicia.
"Não foi nem o Michael para mim o herói do jogo, foi o Diego Alves, do ponto de vista do Flamengo, fez grandes. E o gol do Flamengo, se não foi um gol com erro de arbitragem — o do Palmeiras para mim foi com erro de arbitragem —, foi uma sorte desgraçada. Até acho legal o Michael fazer aquele gol, o segundo jogo seguido que ele faz gol de vitória, porque o rapaz é esforçado, ele luta, ele sempre faz aquela jogada, ele corta para a direita e bate para o gol. Ele finaliza uma vez a cada 28 minutos, geralmente é aquele chute que ele dá. Bateu lá no Frias, zagueiro do Defensa y Justicia, e caiu dentro do gol do Husain, o Flamengo ganhou de 1 a 0", diz Mauro.
"A sorte é do jogo, mas o Flamengo, que é o time que mais situações cria no futebol brasileiro há pelo menos duas ou três temporadas, o Flamengo não criou, nem o gol foi uma jogada criada, foi uma jogada fortuita, caiu do céu, literalmente, porque a bola subiu e caiu dentro do gol da equipe argentina. Então, as atuações de Palmeiras e Flamengo foram ruins e acho que os dois têm que abrir muito o olho", conclui.
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