A negociação de Daniel Alves com o Fluminense acabou em desistência do clube ao não atingir o valor pedido pelo jogador que deixou recentemente o São Paulo e segue na busca por um clube enquanto tem o desejo de estar na seleção brasileira na Copa do Mundo do Qatar, em 2022. Um jogador de bom nível técnico, com uma longa carreira na Europa e que foi campeão em todos os clubes que passou, mas o torcedor ainda o quer em seu time no Brasil?
No podcast Posse de Bola #163, esta foi a pergunta feita e o resultado foi negativo para o jogador, com uma rejeição grande da audiência do programa. Os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam no programa qual poderia ser o destino do jogador e o motivo de torcedores e até dirigentes, em alguns casos, não quererem Daniel Alves no time.
Juca Kfouri afirma que não gostaria de Daniel Alves no Corinthians e lembra a forma como o jogador tratou o São Paulo na fase final, antes de sua rescisão de contrato, considerando que o então camisa 10 são-paulino se colocou acima de um clube para o qual diz torcer.
"Eu não quero, o que ele vai fazer no Corinthians? Um cara que se acha mais importante do que o clube, que se achou mais importante do que o São Paulo, que diz para todo mundo que o objetivo dele é a seleção brasileira. Quer dizer, o clube é apenas uma maneira de ele estar na vitrine", diz Juca.
"Eu não quero, deixa ele. Quem sabe para o Bragantino, para ficar assim na vitrine, tem até o final da tarde de hoje para dar um jeito na vida, mas não quero de forma nenhuma, acho oque ele seria um elemento de contaminação no meu time, eu não quero", completa.
Mauro Cezar Pereira cita o alto valor cobrado pelo jogador e lembra que na próxima temporada ele completará 39 anos, o que seria uma contratação de risco e com um custo muito elevado para o clube que optar por adquiri-lo para seu elenco, além do fato de ele não poder mais disputar Libertadores e Copa do Brasil em suas edições atuais e nem mesmo Mundial de Clubes, pois a quebra de seu contrato ocorreu após o fechamento da janela de transferências.
"As informações que circularam foram que o Fluminense ofereceu para ele um pouco mais de um terço do que ganhava no São Paulo, lembrando que quase um terço ele recebe por mês de atrasados do São Paulo e receberá até os 43 anos, são 5 anos, e ele teria pedido dois terços aproximadamente daquilo que o São Paulo pagava, isso em números aproximados, então a distância é grande e o Fluminense saiu fora", diz Mauro.
"Por esse valor, acho que ninguém contrata. Ainda mais um jogador que não pode jogar Libertadores, para quem está na Libertadores, não pode jogar a Copa do Brasil para quem nela também está e que joga pela seleção, espera ser convocado para desfalcar ainda mais o time. Para que esse investimento? Seria pensando no ano que vem? Ok, aí ele estará indo para 39 anos. Faz sentido pagar tanto para um jogador aos 39 anos de idade? Quando será o seu ocaso? A qualquer momento", completa.
O jornalista cita o caso do jogador Hernanes, quando retornou ao Brasil para a sua última passagem pelo São Paulo e parecia um bom negócio, mas o desempenho ficou muito aquém do esperado. Além do risco de um jogador próximo dos 40 anos, Mauro também pontua que a grande atuação de Daniel Alves na Copa América de 2019, que levou o São Paulo a contratá-lo, já foi há mais de dois anos.
"O Daniel pode estar vivendo o seu ocaso, a gente não sabe, e de repente ele quer ganhar como se estivesse no auge, lembrando, ele se destacou na Copa América, até que ponto isso tem valor ou não, é uma outra discussão, em 2019, estamos indo para 2022, tem mais de dois anos que ele foi o destaque da Copa América, o que o valorizou e fez o São Paulo aceitar aquele contrato maluco", conclui.
Além de Daniel Alves, o programa também analisa o clássico entre Corinthians e Palmeiras, que acontece pelo Brasileirão masculino e também no feminino, neste valendo título, as críticas a Renato Gaúcho após a vitória do Flamengo sobre o Barcelona de Guayaquil, o trabalho de Cuca no Atlético-MG e a pressão sobre o técnico Crespo no São Paulo, além da liberação do governo paulista para a volta de público nos jogos de futebol a partir de outubro.
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