A pressão sobre o técnico Hernán Crespo aumentou após o empate do São Paulo com a Chapecoense em 1 a 1 na Arena Condá, mas a diretoria decidiu pela permanência do treinador ao menos até o clássico de quinta-feira diante do Santos, pelo Brasileirão, quando ocorrerá o reencontro da torcida com o time, na volta do público aos estádios paulistas.
No podcast Posse de Bola #166, Arnaldo Ribeiro analisa o momento do time e afirma que a saída mais fácil para a diretoria poderia ser a demissão do técnico, mas não seria garantia de paz com os torcedores por eles estarem divididos em relação a Crespo, além de resultar em uma demonstração de fracasso da gestão atual, que contratou o argentino.
"A coisa mais fácil, a coisa mais simples que normalmente a cartolagem faz é demitir o treinador, trocar o treinador. 'O Crespo perdeu o vestiário'. Aí vai lá, o Diniz perdeu o vestiário, o Cuca perdeu o vestiário? o Crespo tem uma questão além de ter perdido o vestiário, ele ganhou um título pelo São Paulo depois de não sei quantos anos. Ainda precisando de terapeuta, ele tem uma coisa que outros não conseguiram desde 2012, ele conseguiu tirar o time da fila", diz Arnaldo.
"A solução mais complicada seria, com a mesma comissão técnica, tentar mexer nessa letargia geral, tentar mexer com as lideranças, tentar mexer até na própria comissão técnica, mas mantendo o comandante. É mais difícil isso, o mais fácil é jogar para a torcida trocando o treinador, mas aí que está, a torcida do São Paulo está dividida entre o treinador, os jogadores, o comando geral. Não existe um alvo fixo, como existiu na época da troca do [Fernando] Diniz, por exemplo, então é mais difícil essa situação", completa.
O jornalista também pontua a questão financeira que teria uma rescisão de contrato com Crespo, além da falta de opções imediatas no mercado, além de considerar a posição que o time ocupa na classificação do Campeonato Brasileiro, apenas cinco pontos acima da zona de rebaixamento, e o risco de apostar no momento.
"Trocar o treinador agora, pagar uma multa alta e trazer quem? A única alternativa, eu faço sempre a relação com a questão do Flamengo, que trocou o treinador em uma situação em que existia uma insatisfação, aí concentrada no treinador, por parte do torcedor, nitidamente, e existia uma alternativa, treinador, conectada com o que o torcedor pensava e com o que a diretoria pensava, que era o Renato. Aí a troca é mais simples, até porque, no caso do São Paulo, a alternativa é o Rogério Ceni, ex-técnico do Flamengo, que tem uma porção de coisas recentes em relação ao São Paulo", diz Arnaldo.
"O São Paulo está perdido e, digo mais, a troca do treinador é uma derrota da comissão técnica argentina sim, mas sobretudo da nova administração, do Casares, do Belmonte e do Muricy, que fizeram processo de seleção, chegaram no treinador, o treinador veio, seguiu uma cartilha que era apostar no título estadual, ganhou o título estadual e agora está ali meio perdido. Em vez de dar o suporte e tentar reverter a situação, trocar o treinador, para mim seria, mais do que o Crespo, seria uma derrota assumida do presidente do São Paulo e dos diretores do São Paulo, o Muricy incluso", conclui.
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