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OPINIÃO

Posse de Bola #168: Neymar mal, Felipão cai e Flamengo na caça ao Galo

Do UOL, em São Paulo

11/10/2021 13h24

A seleção brasileira não saiu do 0 a 0 contra a Colômbia e encerrou assim o seu aproveitamento de 100% nas Eliminatórias Sul-Americanas em uma partida na qual Neymar voltou ao time comandado por Tite, mas não teve boa atuação e foi mais comentado pelas declarações de que poderia ter no Qatar a sua última Copa do Mundo do que pelo futebol apresentado em campo.

No podcast Posse de Bola #168, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira comentam as declarações dadas pelo jogador em entrevista, o impacto da possibilidade de uma última Copa de Neymar em 2022 e a participação dele na seleção brasileira dentro de campo.

Juca pontua que no período depois da Copa do Mundo da Rússia, o melhor momento da seleção comandada pelo técnico Tite foi justamente quando não pôde contar com Neymar, na disputa da Copa América em 2019, vencida pelo Brasil, e considera que o treinador arma o time muito em função do atleta, como no jogo diante dos colombianos.

"A melhor fase da seleção brasileira, embora não tenha sido brilhante, mas foi ainda a melhor fase pós-Copa da Rússia, foi na Copa América que o Brasil ganhou sem o Neymar, porque com o Neymar, dada a proteção que o Tite lhe faz, naturalmente o time joga em função dele e acaba sendo a desgraça que foi ontem. É verdade que também contra a Venezuela, em que ele não jogou, a seleção foi a uma desgraça", diz Juca.

Em relação à possibilidade de o Mundial do Qatar ser o último da carreira de Neymar, o jornalista diz que caso isto realmente ocorra, não sentirá falta do jogador.

"Estou cansado do nhem nhem nhem do Neymar, sempre ele dá um jeito de desviar também o foco para justificar as más atuações dele. Claro, aí entra a discussão sobre a cabeça do atleta sob pressão, ele nunca se submeteu a maiores pressões, ele sempre foi irresponsável com a carreira dele, conseguiu levar muito bem até um certo momento, mas nunca teve cabeça de líder, cabeça de número 1. Tem talento para ser número 1, mas nunca teve cabeça para isso e continua sem essa cabeça, é o Peter Pan", diz p jornalista.

Mauro Cezar Pereira critica o fato de o jogador ser tratado como intocável na seleção pelo técnico Tite e considera que as declarações de Neymar servem como cortina de fumaça.

"Comportamento de uma babá do Neymar, porque o Neymar é intocável, ele não sai do time, outros jogadores têm que assumir outras responsabilidades para que ele fique inteiramente à vontade, circulando pela faixa do campo que ele quiser, retendo a bola o tempo que ele quiser, insistindo em jogadas individuais que não têm dado em nada a maior parte do tempo", diz Mauro.

"Qual o peso que isso tem? Qual a relevância? Parece mais uma vitimização do pobre menino rico, que vive cercado de parças, cercado daquelas pessoas que o bajulam, que não têm nada a dizer. Eu não lembro de uma entrevista do Neymar que tivesse um conteúdo interessante, que ele dissesse algo relevante. É um personagem absolutamente oco, vejo desta forma, vazio, um cara que você não vê nada, nenhum posicionamento, zero, com relação a todas as questões que um popstar como ele poderia se envolver pensando no coletivo, na sociedade, no bem das pessoas", conclui.

O programa também analisa a disputa pelo título brasileiro, com vitórias dos líderes Atlético-MG e Flamengo na rodada, as derrotas de Corinthians e Palmeiras, além da queda de Luiz Felipe Scolari após mais uma derrota no Grêmio.

Posse de Bola: Quando e onde ouvir?

A gravação do Posse de Bola está marcada para segundas e sextas-feiras às 9h, sempre com transmissão ao vivo pela home do UOL ou nos perfis do UOL Esporte nas redes sociais (YouTube, Facebook e Twitter).

A partir de meio-dia, o Posse de Bola estará disponível nos principais agregadores de podcasts. Você pode ouvir, por exemplo, no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, Amazon Music e Youtube --neste último, também em vídeo. Outros podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts.