A rodada do Campeonato Brasileiro no fim de semana diminuiu a distância do Atlético-MG para os concorrentes Flamengo e Palmeiras na disputa pelo topo, devido à vitória do Rubro-negro diante do Galo no Maracanã. Por outro lado, a virada palmeirense diante do Grêmio deixou o tricolor gaúcho em situação complicada e podendo ser prejudicado pela ação de seus torcedores, que invadiram o gramado ao final do jogo e promoveram cenas violentas em Porto Alegre.
No podcast Posse de Bola #174, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira comentam os destaques da rodada, como as atuações de Flamengo e Atlético-MG no jogo de maior expectativa da rodada, além da briga contra o rebaixamento, com o Santos melhorando sua situação, o São Paulo se afastando dos últimos colocados e o Grêmio se complicando no jogo que marcou a quarta vitória consecutiva do Palmeiras de Abel Ferreira.
Para Mauro Cezar Pereira, o duelo entre Flamengo e Galo foi um jogo terrível em termos de nível técnico e correspondente ao que fazem hoje os técnicos do futebol brasileiro em sua maioria, com a estratégia prioritária de se defender
"O jogo foi a cara dos técnicos brasileiros. Eu entro em campo com qual propósito independentemente de ter elenco, estar desfalcado ou completo? O Flamengo desfalcado e o Atlético-MG completo, o Atlético-MG fora e o Flamengo em casa com a torcida apoiando muito, o tempo todo. Você vê o quê? 'Eu quero fazer um gol e depois vou me defender'. Essa é a proposta dos dois. Se tivesse que colocar junto com a escalação na súmula, estratégia, os dois colocariam a mesma estratégia", diz Mauro.
Arnaldo Ribeiro também cita a aproximação do Palmeiras, mas considera que a pontuação acumulada pelo Atlético-MG e o seu bom desempenho como mandante devem impedir que o título depois de 50 anos seja ameaçado tanto pelo time de Abel Ferreira, como pelo de Renato Gaúcho, que tem dois jogos a menos.
"A gordura do Atlético-MG é muito grande em relação ao Palmeiras e o Atlético-MG mesmo fazendo jogos pálidos fora de casa, conquistando poucos pontos fora de casa, tem sido muito efetivo no Mineirão e basta ser efetivo no Mineirão, onde ele tem três jogos agora, para executar a missão de dar fim ao jejum de títulos de 50 anos do Brasileirão", diz Arnaldo.
Juca Kfouri questiona o nervosismo do time atleticano na partida contra o Flamengo, lembrando que um empate favorecia o time dirigido pelo técnico Cuca, que demonstrou falta de ideias no momento de pressão.
"Por que aquele nervosismo todo? Que o Flamengo estivesse pilhado fazia sentido, mas o Galo, com um empate podendo o favorecer? Eu achei o jogo muito ruim, mas achei que o jogo teve uma tensão que não se permitia que você tirasse o olho dele, isso é uma qualidade do jogo, é um mérito do jogo, e que o Flamengo jogou como poderia jogar, jogou da maneira humilde, reconhecendo que era inferior ao seu adversário, coisa raríssima em se tratando de Flamengo nos últimos anos, e jogou por uma bola. Teve essa bola e soube defender o resultado", diz Juca.
"Me assustou muito mais a falta de ideias do Galo, que é uma característica do Cuca e o Galo doido. De repente, põe todo mundo para a frente, faz as trocas que fez, eu também não entendi. E depois ainda faz aquele espetáculo patético no vestiário, típico de várzea e não de um treinador que está aí perto de tirar o Galo de 50 anos de jejum. Mas de fato, infelizmente, o jogo mais esperado do segundo turno é o retrato muito fiel da má qualidade do futebol brasileiro no momento, dos times do Brasil", conclui.
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