A cada rodada a arbitragem é um fator de destaque no futebol brasileiro e não por motivo positivo, com reclamações de jogadores, técnicos e dirigentes de clubes devido aos erros ou decisões duvidosas em marcações. Além da discussão, as intervenções e o número de faltas também influenciam no ritmo das partidas, com a bola rolando menos do que em outras ligas do futebol mundial.
No podcast Posse de Bola #177, Juca Kfouri afirma que há o fator de os jogadores e técnicos do futebol brasileiro muitas vezes não colaborarem com a arbitragem, mas considera que até neste ponto isto ocorre devido ao nível dos árbitros, o que dificulta na qualidade dos jogos.
"Eu estou convencido que boa parte, se não tudo, não explica tudo, mas boa parte da nossa pobreza de qualidade técnica em nossos campeonatos tem a ver com as arbitragens. Essa coisa que a gente vê o jogador brasileiro fazer, de tentar enganar a arbitragem, simular, não parar de reclamar, pressionar, fazer cera, tudo isso tem a ver com a fragilidade e a pusilanimidade da nossa arbitragem", diz Juca.
"Não apenas no gramado, mas agora acrescida dessa novidade que é a cabine do VAR, porque são os mesmos personagens e eles são absolutamente patéticos. Infelizmente, ou se dá um jeito nisso, se profissionaliza a arbitragem, a torne independente, ou nós vamos continuar nessa discussão a vida inteira, é desanimador. Aí você olha e fala, por que na Premier League o VAR dá certo e por que a qualidade da Premier League é tão maior do que a qualidade técnica dos nossos jogos? Talvez uma coisa tenha a ver com a outra", completa.
Juca afirma que a marcação do pênalti a favor do Flamengo contra o Bahia no Maracanã foi escandalosa, daquelas de se questionar a intenção do árbitro, mas considera ainda mais grave o erro da auxiliar que assinalou o impedimento de Gabigol, partindo do próprio campo, no jogo com a Chapecoense, na última segunda-feira, na Arena Condá.
"Eu achei um escândalo absurdo e difícil imaginar que aquele soprador de apito não estivesse mal-intencionado, porque uma coisa é ele marcar um pênalti que não houve, estamos cansados de ver isso, outra coisa é ser chamado, olhar e só no Brasil acontece isso. Quando o VAR chama para corrigir, o cara olha e não vê o equívoco ou então vê e diz 'não, vou mostrar que sou macho e vou manter a minha marcação'", diz Juca.
"Agora, erro por erro, para mim o maior erro desses últimos dias é a marcação do impedimento do Gabigol saindo do próprio campo. Justificaria até o chamado erro de direito, até isso, aí no caso caberia discutir, porque não é um erro de fato com o foi o erro em relação ao pênalti marcado contra o Bahia, é erro de direito porque a mim pareceu que a bandeirinha não sabe que o jogador saindo do próprio campo não fica em impedimento, tão clara era a posição dele dentro do próprio campo", conclui.
Posse de Bola: Quando e onde ouvir?
A gravação do Posse de Bola está marcada para segundas e sextas-feiras às 9h, sempre com transmissão ao vivo pela home do UOL ou nos perfis do UOL Esporte nas redes sociais (YouTube, Facebook e Twitter).
A partir de meio-dia, o Posse de Bola estará disponível nos principais agregadores de podcasts. Você pode ouvir, por exemplo, no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, Amazon Music e Youtube --neste último, também em vídeo. Outros podcasts do UOL estão disponíveis em uol.com.br/podcasts.
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