Mauro: Fortaleza não é um acidente, é exemplo de que dá para fazer direito

O Fortaleza terminou o Brasileirão em quarto lugar, com a classificação inédita para a fase de grupos da Libertadores e atrás apenas dos três clubes com elencos mais caros do país, Atlético-MG, Flamengo e Palmeiras. Tudo isso sob o comando do técnico argentino Juan Pablo Vojvoda, apontado como o melhor do campeonato justamente por esta campanha.

No podcast Posse de Bola #185, Mauro Cezar Pereira analisa o trabalho realizado pelo Fortaleza e afirma que o resultado não é por acaso e mostra que um bom planejamento dá resultado, apontando que a escolha de Vojvoda pela direção do Fortaleza não foi algo aleatório.

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"O próprio presidente Marcelo Paz, do Fortaleza, diz que com o Rogério o Fortaleza definiu o modelo de jogo e esse modelo de jogo definido com o Rogério eles tentaram recuperar com o Vojvoda e procuraram um técnico capaz de reproduzi-lo e aprimorá-lo. Ou seja, nesse intervalo, outros profissionais passaram pelo clube e não tiveram sucesso porque não tinham o perfil, o Fortaleza buscou o cara com esse perfil", diz Mauro.

"O Fortaleza não é um acidente, o Fortaleza contratou o Rogério lá atrás e já foi uma sacada, porque ele tinha sido demitido do São Paulo, ficou um período viajando, vendo futebol, estudando e aquela coisa toda, aí convidou o Rogério e muita gente duvidou", completa.

Mauro destaca que no ano em que voltou à Série A o Fortaleza conseguiu a classificação para a Copa Sul-Americana e agora já chega à Libertadores, a maior competição do continente, se colocando à frente do Corinthians no Brasileirão, mesmo com um orçamento muito menor.

"Já é o segundo torneio internacional que o Fortaleza vai disputar, jogou Sul-Americana e nunca tinha jogado um torneio fora do país. Agora vai jogar a Copa Libertadores na fase de grupos e entrando à frente do Corinthians, atrás dos três, é do cacete isso, um negócio de maluco. É o exemplo escancarado de que dá para fazer a coisa direito. Então, o Fortaleza deu um show, porque não foi acidente, isso é o mais importante", diz Mauro.

"Alguém dirá 'ah não, cagada, acharam lá o maluco na Argentina e o cara deu certo'. Não, não foi, procuraram o perfil. E lá atrás, quando o Rogério passou pelo Fortaleza, eles identificaram, o Fortaleza com o Rogério era um time de posse de bola, era um time que jogava organizadamente e que mudava, quando jogava contra times mais fortes, jogava mais reativo, porque não tinha como encarar de peito aberto. Funcionava, fez boas campanhas. Aí ele sai, tem uma queda e eles retomam", conclui.

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