Juca: Não dá para transformar em exemplo alguém com a folha corrida do Cuca

A temporada vitoriosa no comando do Atlético-MG rendeu diversos elogios ao técnico Cuca, considerado até como um potencial sucessor de Tite na seleção brasileira, mas Juca Kfouri lembra o Escândalo de Berna, na Suíça, pelo qual o treinador foi um dos condenados pelo estupro de uma garota de 13 anos.

No podcast Posse de Bola #187, Juca se mostra contrariado pela forma como o treinador tem sido tratado inclusive pela imprensa, como um herói nacional, deixando de lado a condenação que teve no passado e pela qual não se desculpou. O jornalista entrega o 'troféu Ratão de Bronze', que ele dá semanalmente a destaques negativos no esporte.

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"Vou dar um 'Ratão de Bronze' muito sério, que envolve inclusive a mídia, porque eu tenho visto campanhas às quais eu endosso contra a violência contra as mulheres, feminicídios, assédios, e estou pasmo como de repente o Cuca virou um herói nacional", diz Juca.

"Ele e sua camiseta de Nossa Senhora, que eu gostaria de lembrar que se fosse por conta dele, anos atrás, não seria a Virgem Maria, se o tivesse visitado em um quarto de hotel em Berna, na Suíça", completa.

Juca afirma que Cuca não pode ser tratado como um profissional exemplar com a condenação que ele teve e questiona como agiria o treinador se a vítima da violência sexual tivesse sido uma de suas filhas.

"Eu sei que é necessário separar as coisas, mas você não pode transformar um profissional em exemplo tendo a folha corrida que tem o Cuca, que até hoje não pediu desculpas pelo que fez", diz Juca.

"Eu quero dar esse 'Ratão de Bronze' a essa situação, àqueles que o glorificam, que se esquecem, eu gostaria muito do que ele respondesse o que eu já lhe perguntei, como seria se tivesse acontecido com uma das suas duas filhas?", questiona.

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