O Fluminense definiu a volta do técnico Abel Braga para comandar o time na próxima temporada. O clube também está no mercado em busca de reforços, com a chegada já confirmada de Felipe Melo, além de Willian Bigode, que tem acerto com o clube e está próximo de ser anunciado.
No podcast Posse de Bola #187, Mauro Cezar Pereira afirma que falta criatividade ao Fluminense ao apostar mais uma vez em um treinador que tem história no clube e acumula trabalhos recentes bons e ruins. Outro aspecto destacado pelo jornalista é o investimento em jogadores mais velhos, sendo que há jovens com potencial no elenco.
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"A questão do Abel é a seguinte: qual Abel? O que pegou o time do Coudet, fez lá os seus ajustes e foi vice-campeão, ou o Abel do Vasco, que meses antes foi um fracasso? Ou o Abel do Cruzeiro, que meses antes foi um fracasso? Ou o Abel do Flamengo, que não colocava o Arrascaeta para jogar e dizia que com um volante era time de índio? Qual Abel? Aí vai muito do que se espera do elenco, o que você acha que dá para fazer", diz Mauro Cezar.
"O Fluminense está contratando veteranos, gosta de veteranos o Mario Bittencourt, presidente. Está fazendo alguns investimentos até grandes. O Fluminense, de repente, começou a investir mais, porque não é barato também. Felipe Melo não custa barato, jogadores que são relativamente caros. E eu acho que é uma tentativa pouco criativa. A gente elogiou tanto o Fortaleza, que foi buscar um técnico desconhecido no Brasil, que fez um trabalho tão bacana, e o Fluminense apela para jogadores antigos e um técnico antigo", completa.
O jornalista considera que a aposta do Fluminense pode até dar certo, mas que o clube poderia ser mais criativo, também pensando em como aproveitar os jogadores mais jovens, talvez com um técnico que tivesse este perfil.
"Pode dar certos, pode dar errado. É tão aleatório o futebol brasileiro, e a trajetória recente do Abel evidencia isso. Lembrei aqui trabalhos ruins e um bom trabalho em tempos recentes, os últimos trabalhos dele, mas é muita falta de criatividade. O Fluminense que tem tantos jogadores jovens, talvez pudesse, com o tempo, esse tempo que o Marcão ficou lá no cargo, de novo esquentando o lugar para alguém, [ter] localizado, identificado alguém pronto para fazer um bom trabalho", diz Mauro.
"Aliás, eu acho impressionante como ninguém vai atrás do Miguel Ángel Ramírez para ser o técnico ou um coordenador de todo o futebol, para definir outras questões. Ele que fez um trabalho tão bom lá no Dell Vale e não deu certo no Internacional também por culpa dele. Ou seja, isso mostra também que é o seguinte, os caras não arriscam, não buscam nada novo", conclui.
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