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OPINIÃO

Arnaldo: o Palmeiras de Abel Ferreira só tem um plano, não tem plano B

Colaboração para o UOL, em Aracaju (SE)

14/02/2022 14h48

O Palmeiras se defendeu com competência e complicou o jogo para o Chelsea, mas acabou derrotado por 2 a 1 na prorrogação na decisão do Mundial de Clubes, no último sábado (12), em Abu Dahbi. Após o vice, a força defensiva do time de Abel Ferreira foi bastante exaltada, mas o treinador português também ouviu críticas por causa de sua estratégia de jogo.

No Posse de Bola #202, o jornalista Arnaldo Ribeiro destaca a qualidade do sistema defensivo do Palmeiras, que deu poucas oportunidades de gol para o Chelsea, mas pondera que Abel só tem um plano contra times de mais qualidade. Para ele, falta ao treinador português diversificar suas estratégias de jogo.

"Futebol é resultado sim e também, mas o Palmeiras não teve resultado contra o Chelsea. Olhando para o copo cheio, em relação aos times brasileiros que venceram de forma épica, São Paulo, Inter e Corinthians, em todos esses jogos os goleiros fizeram partidas soberbas, memoráveis, milagrosas. O Weverton não fez uma defesa no jogo, de fato o Palmeiras não sofreu tanto em termos defensivos, porque tem um time muito bem armado defensivamente, mas fica até aí", analisa.

"O plano é um só, não tem plano B, foi assim contra o São Paulo e contra o Galo na Libertadores, na final contra o Flamengo e contra o Chelsea. É o plano único. E aí quando você sai atrás ou não consegue o gol no melhor momento, enquanto seus bons jogadores ainda estão em condição física, fica praticamente impossível", explica.

Segundo Arnaldo, essa estratégia de jogo privilegia a máxima "jogar por uma bola" e sacrifica os melhores jogadores do Palmeiras, que passam a maior parte do tempo correndo atrás do adversário.

"Vai empurrando para pênalti, prorrogação, para o lance fortuito, como o gol de cabeça do Breno Lopes na final contra o Santos, o gol do Deyverson na entregada do Andreas Pereira. Esse sistema deu resultado, deu um bicampeonato Libertadores, mas ele sacrifica jogador bom. As opções do Abel são de consumo interno."

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL