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OPINIÃO

Mauro: Botafogo pode se indignar, mas Textor agiu como velhos cartolas

Do UOL, em São Paulo

28/03/2022 16h34

O Botafogo foi eliminado na semifinal do Campeonato Carioca mesmo tendo vencido o Fluminense por 2 a 1, já que o adversário tinha a vantagem pela vitória no primeiro jogo e a melhor campanha que o faziam poder avançar com a igualdade no confronto. Mas os jogadores e torcedores do clube alvinegro se revoltaram com a arbitragem, que não permitiu a cobrança de uma falta no minuto final, encerrando o jogo com Fred ainda em campo depois de ter sido expulso. Proprietário do clube, John Textor também reagiu nas redes sociais avisando que em 2023 o estadual não será disputado por seu elenco principal.

No podcast Posse de Bola #214, Mauro Cezar Pereira afirma que os torcedores do Botafogo têm razão na reclamação em relação à arbitragem, mas considera que a postagem de Textor nas redes sociais mais parece uma bravata dos mais tradicionais dirigentes do futebol brasileiro.

"A questão do John Textor eu lamento porque tenho a expectativa, pode ser até ingenuidade da minha parte, mas eu tenho a expectativa de que pessoas que entram nesse futebol de clube-empresa, SAF, sociedade anônima do futebol, pensando em uma gestão profissional, que eles não tenham a postura dos velhos cartolas, aquelas bravatas. É uma bobagem", diz Mauro Cezar.

"É claro que o Botafogo teve motivos de ficar indignado com a arbitragem porque o que aconteceu no lance final da partida foi algo abjeto, uma falta no campo de ataque do Botafogo, uma última oportunidade de tentar uma jogada de abafa, uma cobrança direta, o que fosse, mas tentar o gol da classificação, o Fred foi expulso com o segundo cartão amarelo pela falta que cometeu, aí o Fred não sai do campo, não quer sair do campo e o árbitro acaba o jogo. Foi ridículo", completa.

Mauro ressalta que o Botafogo fez um jogo no qual merecia a classificação e os jogadores se esforçaram para mostrar ao novo técnico Luís Castro que podem ser úteis mesmo em meio a tantas contratações, mas considera a ação de Textor como apenas uma jogada para a torcida.

"Parece jogar para a arquibancada, porque o torcedor está com raiva e aí ele vai junto com aquilo ali. O Eurico Miranda fez isso a vida inteira, esse tipo de bravata, 'o respeito voltou', é uma bobagem, eu lamento. Acho que o Botafogo ontem foi super bem, o time se superou, os jogadores do Botafogo tentam mostrar futebol para que justamente o Luis Castro, que estava vendo o jogo, o novo técnico, possa ver quem é que pode sobreviver em meio a tantas contratações que já aconteceram e acontecerão, feitas pelo John Textor e a sua grana", diz Mauro.

"Foi legal ver o time do Botafogo lutando bastante porque todos ali lutam pela sobrevivência, querem ficar no time, roeram o osso, querem comer o filé", conclui.

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