A sexta rodada do Brasileirão não ajudou o Flamengo a espantar a crise e as críticas ao técnico Paulo Sousa, depois de um empate com o Ceará, mas também teve arbitragem polêmica na virada do São Paulo sobre o Cuiabá, a emoção de John Textor na vitória do Botafogo e um caso grave no empate entre Inter e Corinthians, com o lateral português Rafael Ramos chegando a ser detido após acusação de racismo.
No podcast Posse de Bola #228, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam os principais fatos da rodada, além das vitórias de Atlético-MG e Palmeiras, o Cruzeiro líder da Série B e o Vasco vencendo em São Januário.
Arnaldo afirma que o clubismo acaba sendo maior do que as bandeiras sociais em meio a casos graves como a acusação de racismo contra Rafael Ramos e critica a falta de um posicionamento mais direto do Corinthians.
"O clube de futebol, o atleta, o treinador, eles representam milhões, são valores fundamentais que precisam ser defendidos a ferro e fogo, mas na verdade os diretores poucas vezes conseguem representar a história de cada clube. Acho que faltou ao Corinthians nas duas situações uma postura mais clara, mais definida e menos discreta do que vem sendo, mas eu também não espero grande coisa da cartolagem do Corinthians, assim como não espero das outras", diz Arnaldo.
"O Corinthians, acho que tem os seus motivos, muitas vezes coloca como um clube em que as causas sociais estão acima das causas esportivas e futebolísticas e na verdade isso na prática é uma grande balela", completa.
Já sobre a emoção de John Textor, que fez a festa com a torcida do Botafogo após a vitória sobre o Fortaleza, Juca Kfouri vê um pouco de exagero por parte do empresário ao dizer que na Premier League não há a demonstração de paixão pelo futebol como ele viu no estádio Nilton Santos, mas ressalta a forma como o Botafogo é resgatado a partir da SAF, com o americano à frente.
"Ele estava realmente eufórico, foi lá comemorar com a torcida, pegou a bandeira, foi linda aquela cena, ver a torcida do Botafogo naquele entusiasmo, foi tudo muito legal. Agora, obviamente ele cometeu um exagero porque talvez ele tenha razão na comparação com o amor do torcedor brasileiro com a maioria dos times da Premier League. Certamente, o Liverpool não está dentro deste rol", diz Juca.
"O que eu acho que é admirável aí e digno de nota é ver esse ressurgimento do Botafogo. Eu que sou a favor da SAF, nunca disfarcei isso, não se trata de fazer apologia do capitalismo, mas apenas de reconhecer que dentro do sistema capitalista mil vezes você ter um empresário competente na gestão de um clube do que os cartolas brasileiros, que agem como se fossem donos do clube, deixam os clubes em situações pré-falimentares ou falimentares como nós vemos e não resolvem nada. Eu prefiro ter um John Textor", conclui.
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