Mauro Cezar: Flamengo não buscou o Paulo Sousa para jogar retrancado

O Flamengo encerrou uma série negativa contra o Fluminense e venceu ontem (29) o Fla-Flu no Maracanã de virada, por 2 a 1, mas em uma partida na qual o goleiro Hugo Souza saiu como herói ao fazer defesas importantes para um time que foi dominado pelo rival e se segurou na defesa.

No podcast Posse de Bola #232, Mauro Cezar Pereira afirma que a atuação do Flamengo de Paulo Sousa só é tolerável no contexto de pressão no clube e que o resultado foi importante dentro de uma série de jogos no Rio de Janeiro, mas reforça que não foi para montar um time na retranca que o clube contratou um treinador estrangeiro.

"Fez uma atuação que só é tolerável dentro de um contexto do time que vive uma pressão absurda provocada até pela própria torcida ou parte dela e uma tentativa de sobrevivência do técnico à melhor moda brasileira, buscando resultado para sobreviver. Não que eu concorde ou goste", diz Mauro Cezar.

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"É tolerável no contexto, mas o Flamengo não tem esse elenco tão caro para jogar dessa maneira, não traz um técnico de fora para montar retranca. Para montar retranca põe um aqui do Brasil, mais barato. O Flamengo não tem que jogar dessa maneira, não é algo que faça sentido, mas dentro do contexto eu até entendi", completa.

O jornalista aponta como missão do técnico encerrar a série de jogos no Rio de Janeiro vencendo o Fortaleza no fim de semana, mas procurando atuar de uma forma diferente, ainda que ressalte que o fato de Paulo Sousa ter sido retranqueiro em uma partida, não quer dizer que ele só consiga fazer o time jogar desta forma.

"Só não concordo quando por um jogo também o cara é visto como o retranqueis. Assim como o Abel Ferreira já foi retranqueiro em algumas ocasiões e quando você fala que foi retranqueiro, não significa que sempre é retranqueiro. Em alguns jogos o Abel Ferreira foi sim retranqueiro e ontem Paulo Sousa foi sim retranqueiro, no segundo tempo o Flamengo jogou covarde, entrincheirado, um horror. Mas não é esse o padrão que se espera, então agora o questionamento vai ser outro", conclui.

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