Palmeiras volta a ter dificuldade para finalizar em clássicos com São Paulo
Diante do São Paulo, na derrota por 1 a 0, no jogo de ida das oitavas da Copa do Brasil, pela quarta vez no ano, o Palmeiras teve menos de dez finalizações à meta rival. Coincidentemente, outras duas também foram contra o São Paulo, e no Morumbi. A quarta foi contra a Inter de Limeira, no Paulistão.
Na vitória por 1 a 0, em 10 de março, pelo Paulistão, o gol de Rony foi um dos seis arremates palestrinos na meta então defendida por Tiago Volpi.
Na derrota por 3 a 1, na final do Paulista, o Palmeiras foi ainda pior, e bateu cinco vezes a gol —um deles, foi o gol de Raphael Veiga.
Na derrota de ontem (23), o Palmeiras voltou a finalizar apenas seis vezes ao gol, e nenhum na direção da meta: foram dois chutes de Scarpa, um de Danilo, um de Zé Rafael, um de Veron e um de Mayke.
Até mesmo contra o Chelsea, no Mundial de Clubes, o Palmeiras conseguiu bater 11 vezes a gol.
Contra a Inter de Limeira, o Palmeiras entrou em campo numa espécie de 4-2-4, com Zé Rafael e Patrick de Paula por trás de um ataque com Breno Lopes, Wesley, Rafael Navarro e Deyverson. Algo que nunca mais foi testado no Palmeiras.
Cansaço leva à falta de criatividade e oportunidade
Após a partida do Morumbi, o auxiliar João Martins, em substituição a Abel, barrado pelo protocolo de covid, falou sobre a baixa produção ofensiva do seu time. E, indagado sobe o desempenho de Gustavo Scarpa, apontou erros estruturais em detrimento de individuais.
"Para o ataque funcionar é preciso dos criativos inspirados. Mas não foi só o Scarpa, foi um pouco de todos. Faltou calma, paciência, ganhar bolas na segunda fase (do meio para frente)", disse Martins.
"Hoje estivemos um bocadinho abaixo. O adversário pressionou bem, criou dificuldades. E pecamos a nível de (sic) agressividade sem bola. Sempre que ganhávamos a bola, estávamos em zonas baixas. Produção abaixo, mas nada está perdido", resumiu.
O fator Dudu
Na primeira final do Paulista e na derrota desta quinta, Dudu não apareceu muito. Isso também é um fator que explica a produção mais baixa do Palmeiras.
Dudu não bateu a gol, tocou 25 vezes na bola e fez apenas 12 passes —errou 9: 75% de acerto— na derrota pela Copa do Brasil. Na segunda-feira na vitória por 2 a 1, pelo Brasileirão, ele tentou 44 passes, acertando 37 (84%). E o Palmeiras bateu 23 vezes a gol.
Índices de finalização do Palmeiras no ano:
- Paulista
Novorizontino - 14 finalizações (vitória por 2 x 0)
Ponte Preta - 15 (3 x 0)
São Bernardo - 17 (1 x 1)
Água Santa - 10 (1 x 0)
Ferroviária - 18 (2 x 0)
Santo André - 18 (1 x 0)
Inter de Limeira 9 - (0 x 0)
Guarani - 21 (2 x 0)
São Paulo - 6 (1 x 0)
Santos - 21 (1 x 0)
Corinthians - 14 (2 x 1)
Red Bull Bragantino - 16 (1 x 1)
Ituano - 16 (2 x 0)
Red Bull Bragantino - 17 (2 x 1)
São Paulo - 5 (derrota por 1 x 3)
São Paulo - 17 (4 x 0)
- Mundial de Clubes
Al Ahly (EGI) - 12 (2 x 0)
Chelsea (ING) - 11 (derrota por 1 x 2)
- Recopa
Athletico-PR - 17 (2 x 2)
Athletico-PR - 23 (2 x 0)
- Libertadores
Deportivo Táchira - 21 (4 x 0)
Independiente Petrolero (BOL) - 28 (8 x 1)
Emelec (EQU) - 13 (3 x 1)
Independiente Petrolero (BOL) - 22 (5 x 0)
Emelec (EQU) - 21 (1 x 0)
Deportivo Táchira (VEN) - 23 (4 x 1)
- Brasileirão
Ceará - 17 (derrota por 2 x 3)
Goiás - 22 (1 x 1)
Flamengo - 10 (0 x 0)
Corinthians - 20 (3 x 0)
Fluminense - 19 (1 x 1)
Red Bull Brasil - 14 (2 x 0)
Juventude - 20 (3 x 0)
Santos - 17 (1 x 0)
Atlético-MG - 16 (0 x 0)
Botafogo - 14 (4 x 0)
Coritiba - 16 (2 x 0)
Atlético-GO - 29 (4 x 2)
São Paulo - 23 (2 x 1)
- Copa do Brasil
Juazeirense - 16 (2 x 1)
Juazeirense - 24 (2 x 1)
São Paulo - 6 (derrota por 0 x 1)
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