Jogadores do Ceará protestam contra nova Lei Geral do Esporte no Maracanã
Jogadores do Ceará fizeram um protesto instantes antes do apito inicial do jogo contra o Fluminense, no Maracanã, hoje (9) à noite. Com a mão na boca, eles quiseram chamar a atenção para trechos da Lei Geral do Esporte, que altera a Lei Pelé, em um texto aprovado nesta semana na Câmara dos Deputados e que ainda tramitará mais uma vez no Senado.
A articulação dos atletas envolve capitães das quatro divisões do futebol brasileiro e tenta passar a ideia de que a classe não foi ouvida na formatação dos artigos que, segundo eles, retiram direitos trabalhistas dos jogadores.
A visualização do protesto acabou prejudicada pela festa de despedida de Fred: como os torcedores usaram artefatos de fumaça quando o atacante do Fluminense subiu para o campo, no momento em que os jogadores do Ceará colocaram a mão na boca, a impressão deixada no estádio foi de que eles se protegiam da fumaça que tomava conta do Maracanã.
Ontem (8), os jogadores se organizaram para publicarem nos respectivos perfis das redes sociais um texto no qual apontavam quatro pontos como problemáticos na nova redação da lei:
"O artigo 84 acaba com a natureza salarial das premiações e luvas: menos verbas trabalhistas. O Art. 85, §5º e §6º praticamente extingue a cláusula compensatória (multa rescisória) a nosso favor: podemos ser mandados embora sem nada receber. O Art 96, VII, §3º, cita que a nossa hora noturna será só a partir das 23:59, enquanto a de qualquer trabalhador é a partir das 22:00: nossa noite é diferente? O Art. 164, § 2º possibilita o aumento da verba paga como Direito de Imagem: menos verbas trabalhistas".
O grupo de atletas pontua que a "Lei Geral do Esporte é excelente em vários aspectos", mas "fere e retira direitos trabalhistas conquistados ao longo dos anos". Como parte da campanha, os jogadores querem ainda que Romário seja o relator do texto na tramitação no Senado.
O envolvimento dos jogadores do Ceará, especificamente, acontece dias depois de uma mobilização deles em uma postagem do próprio clube, na qual o Vozão dizia apoiar a lei e afirmava, assim como outros clubes, que ela não retiraria direitos trabalhistas.
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