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OPINIÃO

Mauro Cezar: Oscar no Fla só se chineses liberarem com parte do salário

Do UOL, em São Paulo

18/07/2022 11h56

O Flamengo fez na última semana uma consulta pelo meia Oscar, que joga atualmente pelo Shanghai Port, da China, o que animou torcedores quanto a uma possibilidade de reforço para a temporada, que já tem as chegadas de Arturo Vidal e Everton Cebolinha.

No podcast Posse de Bola #246, Mauro Cezar Pereira explica que a situação para a contratação do meio-campista não é simples e dependeria muito de uma liberação do clube chinês com salários bancados ou mesmo o jogador abrindo mão de parte do que tem direito em seu acordo atual, já que recebe um dos maiores salários do futebol mundial.

"O Oscar o Flamengo fez uma consulta para saber a situação do jogador, que tem um contrato até o final de 2024 lá com o time do Shanghai. Não foi liberado para jogar em time nenhum, ele foi liberado para vir ao Brasil por uma questão pessoal, então está no Brasil. Ele pediu lá um período de empréstimo para ficar um tempo fora do futebol chinês, mas até o momento ele não obteve essa liberação", diz Mauro Cezar.

"O Flamengo, pelo que eu sei, não vai negociar com os chineses porque é impossível. O Oscar tem um dos maiores salários do futebol mundial, vai negociar o que com os chineses? Quanto eles vão pedir? 20 milhões de euros, 15 milhões de euros e mais um salário astronômico? Isso será possível no caso de os chineses liberaram o Oscar durante um período de seis meses ou um ano para jogar fora da China, pagando parte dos salários ou o Oscar abrindo mão de uma fortuna", completa.

De acordo com o colunista do UOL, o salário recebido atualmente por Oscar no futebol chinês não seria viável para nenhum clube brasileiro, pontuando que o atleta abriu mão de maior visibilidade no futebol europeu em troca de maior ganho financeiro ao trocar o Chelsea pela China.

"O que ele ganha lá é absolutamente impossível para qualquer clube brasileiro, é distante demais. O Oscar de certa forma abriu mão até da sua carreira internacional e a possibilidade de um destaque maior justamente para poder resolver a vida financeira dele", diz Mauro.

"Ele foi para um futebol secundário, que é o chinês, ganhando muito mais do que na Europa e se escondeu lá. Se tivesse continuado no Chelsea, ele poderia estar jogando até hoje lá ou em algum outro clube importante da Europa e isso não aconteceu", conclui.

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