Posse de Bola: Corinthians ameaça Palmeiras? Fla sobe e Flu é o destaque

O Brasileirão concluiu o primeiro turno com o Palmeiras líder, quatro pontos acima do Corinthians, que derrotou o Atlético-MG no Mineirão e conseguiu manter a regularidade na competição para mirar a disputa pelo título na segunda metade do campeonato, que tem ainda o Fluminense de Fernando Diniz como uma das sensações e o Flamengo entrando no G6 após um período no qual chegou até mesmo a ficar próximo da zona de rebaixamento.

No podcast Posse de Bola #248, os jornalistas Arnaldo Ribeiro, Eduardo Tironi, Juca Kfouri e Mauro Cezar Pereira analisam se o Corinthians é quem realmente pode incomodar o Palmeiras na disputa pelo título nacional, além da recuperação do Flamengo, os problemas do Atlético-MG e o São Paulo chegando a 11 empates em 19 jogos.

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Para Juca Kfouri, após a chegada de reforços e a volta de jogadores importantes, fica claro que o Corinthians não pode ser descartado da briga pelo título brasileiro, embora ainda considere que a maior chance corintiana está nas copas.

"Embora o Corinthians ainda tenha mais pontos do que desempenho, não é possível negar que o Corinthians se fortalece e começa a botar todos os seus jogadores em atividade, evidentemente tirante o Paulinho, e isso torna o Corinthians um time mais forte. Pelo que fez até agora é contraditório, você diria que o Corinthians não tem futebol para ser campeão da maratona, mas é o vice-líder e está só a quatro pontos do Palmeiras, que não é pouco, mas o Corinthians vai jogar com o Palmeiras em Itaquera", diz Juca.

"É a tal história, tem uma camisa pesada, descartar a possibilidade de o Corinthians disputar o titulo até o fim seria talvez leviano, mas ainda olho achando que o Corinthians tem mais chances nos torneios de mata-mata do que na maratona. Se eu não fosse corintiano, olharia com muito temor essa possível escalada corintiana", completa.

Por outro lado, o colunista do UOL afirma que o técnico Cuca deveria ter feito sua reestreia pelo Galo no jogo com o Corinthians e não vê sentido na ausência no banco de reservas, considerando a importância do jogo diante de um adversário direto no Brasileirão.

"A meu ver o Cuca revelou-se covarde, porque se é natural que um treinador novo não assuma o time assim que é contratado, no caso era para ele ter assumido, porque ele conhece quase todo esse elenco, trabalhou com boa parte dos jogadores que estavam em campo. Por que não foi para o banco? Eu acredito que com ele no banco, se a torcida do Galo já demonstrou o entusiasmo que mostrou simplesmente com o fato de ele ter sido contratado, por que ele não estava no Mineirão? Deveria estar, porque era um jogo decisivo para o Galo", diz Juca.

Já o líder Palmeiras venceu no Allianz Parque o Internacional por 2 a 1, mas Mauro Cezar aponta novamente a queda de rendimento do time no segundo tempo da partida e o risco que correu de perder pontos importantes em casa pelo Brasileirão.

"De novo ficou claro que o Palmeiras não tem feito bons jogos. Já não foi bom contra o América-MG, o gol de empate não saiu por muito pouco no final, e o Inter no segundo tempo nem parecia o time do Mano Menezes tal a agressividade, a quantidade de situações que acabou criando no segundo tempo. No primeiro também, se o Palmeiras fizesse 2 a 0 não seria absurdo, mas o empate seria um resultado normal pela diferença de um tempo para o outro", diz Mauro Cezar.

"O Palmeiras flertou e muito com perda de pontos em casa, como já perdeu para o Atlético-MG, o Fluminense, o Ceará, teve alguns jogos em casa que não ganhou. Não é um mandante tão poderoso, não foi no primeiro turno, embora tenha sido o time que mais pontuou, proporcionalmente me parece melhor fora de casa do que em casa", conclui.

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