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Brasil conquista vaga inédita em final masculina no Mundial de Ginástica

Do UOL, em São Paulo

04/10/2014 11h36

Antes do Mundial de ginástica de Nanning, na China, o plano do Brasil era claro: priorizar a competição por equipe, abrindo mão das disputas individuais. Funcionou. Neste sábado, o time masculino, liderado por Arthur Zanetti e Diego Hypolito, se classificou pela primeira vez para a final, ficando entre os oito melhores do mundo, em sétimo lugar (348,100)n - a China terminou em primeiro, com 362,398.

Nas disputas individuais, porém, o Brasil não foi tão prejudicado. O time se classificou para seis finais no Mundial do ano passado, na Antuérpia, em 2013, e cinco na China. O campeão olímpico e mundial Arthur Zanetti (4º, com 15,716 – na liderança está o chinês Yang Liu com 15,933) vai lutar pelo ouro nas argolas, Diego Hypólito (3º, com 15,900 – o primeiro foi o russo Denis Abliazin, com 16,066) vai desafiar os favoritos para subir ao pódio no solo, Sérgio Sasaki entra como azarão na disputa do individual geral (17º, com 87,522 – o melhor foi o imbatível Kohei Uchimura, com 92,165) e no salto (8º, com 15,078 – o primeiro é Hak Seon Yang, da Coreia, com 15449) e Arthur Nory completa o grupo no individual geral (25º, com 86,131, mas no grupo de 24 finalistas pelo limite de dois atletas por país na final).

Em 2013, além da medalha de ouro de Zanetti, o Brasil foi a duas finais com Diego (solo e salto) e Sasaki (individual geral e salto) e uma com Arthur Nory (individual geral).

Na disputa por equipes, o Brasil marcou 348,100. A nota foi melhor do que a de 2011, em Tóquio, o último em que a competição por equipes foi disputada. Com 346,626, os brasileiros terminaram em 13º lugar naquela competição, que era o melhor resultado da ginástica masculina do país até hoje.

O desempenho fez o time superar rivais favoritos. A Ucrânia, quarta colocada nas Olimpíadas de Londres-2012 e quinta no Mundial da Antuérpia-2013, por exemplo, fez 345,540. Coreia do Sul (343,594), finalista do Mundial do ano passado, e França (343,385), finalista olímpica, também ficaram atrás.

Ficar entre os oito melhores do Mundial, aliás, também terá um efeito positivo na luta do Brasil pela classificação da equipe para o Rio-2016. O torneio na China valia classificação dos 24 primeiros para o Mundial do ano que vem, em Glasgow, na Escócia. Será neste evento que as primeiras vagas olímpicas serão garantidas. Se o Brasil conseguir repetir o feito deste sábado, classificará a equipe masculina, pela primeira vez, para os Jogos Olímpicos.

No feminino, time compete sem revelações

Com a inédita classificação masculina, a partir da noite deste domingo as mulheres tentam igualar o feito. A dificuldade do time liderado por Daniele Hypolito, porém, é maior. A equipe é jovem e não conta com as duas maiores apostas da modalidade para as Olimpíadas de 2016, Rebeca Andrade e Flávia Saraiva, campeã dos Jogos Olímpicos da Juventude, que ainda não têm idade para competir no Mundial adulto.

Serão dois dias de classificação feminina. A partir de terça-feira, começam as finais, com a decisão por equipes masculinas. No dia seguinte, está marcada a final dos times femininos. As finais do individual geral serão disputadas na quinta (masculino) e na sexta (feminino), com as decisões por aparelho no sábado e no domingo.